Mãe se acorrenta em Bauru para pedir que filho preso vá para semiaberto

 

Uma mãe se acorrentou em frente ao Departamento Estadual de Execução Criminal em Bauru(SP), nesta quarta-feira (7), para pedir que o filho, preso desde novembro de 2014 por roubo, fosse para o regime semiaberto. Segundo o juiz, o rapaz teria desrespeitado um agente penitenciário, o que prejudicou a mudança no tipo de pena. O caso ainda está em julgamento.

Com mãos e pés acorrentados, Nilda Gogoy Bueno da Silva chegou cedo ao departamento. O protesto foi a maneira encontrada por ela para ajudar a resolver a situação do filho. Ewerton Bueno da Silva, de 30 anos. Segundo a mãe, em abril deste ano ele poderia ter ido para o regime semiaberto, mas perdeu o direito depois de uma discussão com um agente penitenciário.

“Está faltando o juiz decidir se ele vai ficar preso, se ele cometeu essa falta grave. Se não tem prova, se vai condenar ele mesmo assim. Então eu quero um parecer”, reclama a faxineira Nilda.

A lei determina que para passar de regime fechado pra semiaberto, o réu primário que cometeu crime comum, ou seja, não tem nenhuma condenação anterior, precisa cumprir um sexto da pena e ter bom comportamento, mas ele perde o direito ao semiaberto se cometer alguma falha, que também precisa ser julgada, segundo o advogado Thiago de Amarins Scriptore.

“Durante todo o cumprimento da pena, ele será avaliado pelos diretores da penitenciária, por toda a equipe. Se ele comete qualquer falta grave que está especifica na lei de execuções criminais, ele vai ser regredido para o regime fechado”, explica.

Depois de três horas de espera, ela tirou as correntes e foi atendida por um juiz corregedor. O juiz ouviu o apelo da mãe, mas segundo o ele, o filho da Nilda teria ameaçado um agente penitenciário e esta foi a segunda falta administrativa cometida pelo Ewerton. Por isso o regime semiaberto foi suspenso cautelarmente.

O juiz informou ainda que já existe um processo em andamento pela falha cometida. Para tomar a decisão o juiz explicou que precisa ouvir todos os presos envolvidos, mas eles estão em penitenciárias diferentes e para isso precisa enviar cartas precatórias para todos. O prazo é de até um ano e meio. Fonte G1