Mais escolas estaduais são ocupadas na região
Mais duas escolas da região foram ocupadas por estudantes contrários a reorganização feita pelo governo do Estado, nesta terça-feira (24). Uma em Ourinhos e mais uma em Bauru.
Em Bauru, aproximadamente quarenta alunos da escola professor Luiz Castanho de Almeida foi ocupada por estudantes, que colocaram faixas no prédio se manifestando contra o projeto do governo estadual, mas mesmo assim, hoje foi realizada a prova do Saresp, o Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo, e nenhum aluno foi impedido de fazer.
A escola Maria do Carmo, que fica no jardim Matilde em Ourinhos, foi ocupada por cem alunos em protesto ao projeto de reestruturação, que a partir de 2016 fará com que o prédio passará a abrigar somente estudantes do Ensino Médio. Os alunos não concordam com isso.
A Secretaria de Educação do Estado informou que protocolou no Tribunal de Justiça propostas de negociação com estudantes para desocupação das escolas, mas não teve acordo. Mesmo assim, o canal para diálogo continua aberto.
Protesto continua
Outras nove escolas estaduais continuam ocupadas por estudantes na região Centro-Oeste Paulista. Em Bauru outras duas escolas estão ocupadas. Aproximadamente 100 estudantes da Escola Estadual Ayrton Busch, localizada no Parque Jaraguá, se trancaram no prédio do estabelecimento de ensino na manhã de domingo (22). De acordo com as informações dos alunos, eles protestam contra a reorganização que prevê a transferência dos estudantes do ensino médio. Segundo a Polícia Militar, a ocupação segue pacificamente.
Aproximadamente 100 alunos continuam na Escola Estadual Stela Machado em Bauru desde terça-feira (17). Os estudantes trancaram a escola e, com faixas e cartazes, protestaram contra o cancelamento do Ensino Fundamental na escola, o que fará com que cerca de 700 alunos sejam realocados para outras escolas estaduais.
Na cidade de Marília, aproximadamente 100 estudantes ocuparam o prédio da escola José Alfredo de Almeida na quinta-feira (19) e cerca de 200 estudantes também ocuparam a Escola Estadual Professora Sylvia Ribeiro de Carvalho. Uma equipe policial foi acionada e houve uma pequena confusão entre policiais militares e os estudantes no primeiro dia da ocupação na escola Sylvia Ribeiro.
De acordo com a Polícia Militar, equipes foram acionadas pela direção para tirar alunos e outros manifestantes que fecharam a entrada da escola armados de madeiras e restos de entulho. No local, a direção da escola informou aos policiais quem eram os manifestantes que não faziam parte da unidade e solicitou que eles fossem retirados do pátio.
Ainda segundo a polícia, os manifestantes atacaram os policiais com os pedaços de madeira. Os militares retiraram os jovens indicados pela direção da escola e os encaminharam para a Central de Polícia Judiciária. O protesto segue pacífico.
Em Assis, aproximadamente 70 estudantes ocupam o prédio da Escola Estadual Doutor Clybas Pinto Ferraz desde a noite de quarta-feira (18). Com faixas e cartazes, eles reivindicam contra a reorganização. Apenas os professores a favor do movimento podem entrar no local.
Em Cândido Mota, estudantes ocuparam a Escola Estadual Rachid Jabur na manhã desta segunda-feira (23) e protestam com faixas e cartazes. A manifestação segue pacífica.
Em Lins, cerca de 200 alunos ocuparam o prédio da Escola Estadual 21 de Abril, que fica na área central. Os estudantes protestam contra reorganização que fará com que o estabelecimento de ensino não tenha mais o Ensino Médio. Na quinta-feira, alguns estudantes protestaram em frente à Delegacia de Ensino e à Câmara dos Vereadores.
Na última sexta-feira (20) aproximadamente 60 estudantes da Escola Estadual Antonieta Grassi Malatrassi, de Lençóis Paulista (SP), ocuparam o prédio do estabelecimento de ensino. De acordo com as informações da direção da escola, os alunos aproveitaram o momento que as funcionárias chegaram para entrar no prédio.
Já em Agudos, estudantes ocuparam o prédio da Escola Estadual Padre Aquino e a manifestação segue pacificamente, segundo a Polícia Militar. Os alunos protestam contra o fechamento do prédio que será uma unidade da Etec. Os alunos serão realocados para a Escola Estadual João Bastista Ribeiro.
A Direção Regional de Ensino informou que a realocação não fará que tenha prejuízos aos estudantes. Além disso, foram feitas reuniões com o diretor da escola Padre Aquino, além de uma reunião com o prefeito e os vereadores da cidade no mês de setembro para esclarecer sobre as mudanças.
A Diretoria de Ensino informou que também atendeu pais de alunos para esclarecer sobre como ficaria a questão do transporte para a nova escola. Ainda segundo a direção, supervisores de ensino também estiveram na escola para tirar as dúvidas de alunos e funcionários. Fonte G1