‘Mataram a pauladas’, diz delegado de homem encontrado em penhasco
A polícia investiga o assassinato de um homem encontrado em um penhasco no domingo (20), em Marília (SP). Segundo a polícia, Rodrigo Maniscalco, de 39 anos, foi morto por um grupo, no sábado (19), na cidade. Em entrevista ao G1 nesta segunda-feira (21), o delegado Wilson Carlos Frazão diz que os criminosos mataram Rodrigo com crueldade. “Eles mataram a pauladas, pedradas, tijoladas, foi cruel”. A causa do ataque seria um suposto estupro a criança.
De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima foi assassinada por integrantes de uma facção criminosa e depois jogada em um penhasco, localizado ao lado da favela do Argolo Ferrão. Cinco suspeitos, quatro homens e uma mulher, foram presos no domingo após uma denúncia. Eles disseram à polícia que a vítima tinha estuprado uma criança.
Sobre o suposto abuso sexual, a polícia informou que foi realizado um laudo após registro do boletim que constatou que não houve contato sexual, mas que o caso ainda é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher.
Tribunal do crime
Os suspeitos presos têm entre 20 e 39 anos e vão responder por homicídio. Os quatro homens foram levados para a penitenciária de Marília e a mulher, encaminhada para a cadeia de Pirajuí. Eles foram indiciados por homicídio, associação e tráfico de drogas. Segundo a polícia, as cinco pessoas que participaram do assassinato faziam parte de uma espécie de “tribunal do crime”.
A vítima tinha passagem pela polícia por porte de entorpecente e o delegado não descarta outras causas para o homicídio. “Não descartamos uma dívida de drogas”, afirma Frazão.
Outra agressão
Antes do crime, a vítima já havia sido encontrada pela Polícia Militar, há 10 dias,dentro de um carro. Rodrigo estava acompanhado por quatro pessoas. Naquela ocasião, segundo a polícia, ele alegou que foi agredido e seria morto pelos ocupantes do veículo por causa do suposto estupro que ele teria praticado.
De acordo com o delegado, o estupro foi registrado apenas no dia seguinte do sequestro. “No primeiro episódio não tinha nem boletim de ocorrência e a mãe procurou no dia seguinte para registrar o estupro”, diz Frazão. Familiares da vítima negaram que ele tenha cometido o abuso. Três homens e um adolescente que estavam no carro foram apreendidos. Fonte G1