Moradores da Prudenciana reclamam de abordagens em semáforos

Apesar de reconhecerem que é um problema social, decorrente de uma política econômica que atinge o país, os moradores do Complexo Prudenciana não suportam mais conviver com as cenas nos cruzamentos do bairro onde existem semáforos.

Quando o sinal fica vermelho, o motorista, ao aguardar para seguir seu trajeto, acaba sendo abordado por um grupo de pessoas batendo no vidro do veículo pedindo algum tipo de ajuda.

Uma moradora do bairro, que pediu para não ter sua identidade revelada, procurou a imprensa solicitando uma reportagem denunciando a situação em busca de uma solução. “Sou moradora da Prudenciana, bairro onde existem três semáforos: um na esquina da igreja Nossa Senhora de Fátima, outro na avenida David Passarinho -próximo ao Velório Municipal- e um terceiro, na mesma avenida, nas proximidades da Aprumar”, começou.

Segundo ela, nas últimas semanas a praça 1º de Maio, em frente a igreja, “encontra-se cheia de moradores de rua e usuários de drogas”, mas ressalta: “Não tenho nada contra moradores de rua, porém, desde o final do ano passado, o número aumentou muito e alguns deles estão depredando o patrimônio público, ameaçando os moradores das imediações e pessoas que passam por ali”, denuncia.

Segundo a incomodada moradora, eles vivem pedindo dinheiro e chegam a ameaçar as pessoas mais idosas que negam ajuda. “Nós faróis -prossegue ela-, muitos homens pedem ajuda e ameaçam danificar o veículo, caso não o motorista não dê dinheiro”, relata.

A reclamante suspeita que, provavelmente, algumas dessas mesmas pessoas, no período noturno, estejam praticando furtos em residências. “Eles acionam campainhas e batem palmas pedindo mantimentos, roupas e dinheiro”. conta.

A moradora, antes de procurar a imprensa, garante ter denunciado o fato à Polícia Militar. No entanto, ela admite que o problema não é de fácil solução. “Sozinha, a polícia nada pode fazer”, admite.

A moradora espera que a publicação da reportagem possa despertar as autoridades públicas a se unirem em busca de uma solução. Fonte: Jornal da Segunda