Motorista de Ourinhos morto em acidente é enterrado nesta 6ª feira
Será enterrado às 15h desta sexta-feira (11), o corpo do motorista de ônibus de Ourinhos (SP) que morreu em um acidente de trânsito na Rodovia Castello Branco (SP-280), na madrugada de quinta-feira (10), em Boituva.
O corpo de André Ricardo Gomes de Moraes, de 41 anos, está sendo velado desde esta madrugada no Memorial São José e será sepultado no Cemitério Municipal de Ourinhos.
O acidente ocorreu entre o ônibus e um caminhão, por volta das 5h. O ônibus havia saído de Maringá (PR), faria uma parada em Sorocaba (SP) e tinha como destino Campinas (SP). Contudo, no quilômetro 120, próximo à entrada de Boituva, colidiu na traseira de um caminhão carregado com tijolos.
Devido ao forte impacto, o motorista André Ricardo Gomes de Moraes, de 41 anos e que era de Ourinhos (SP), e a passageira Maria Pavezi, de 76 anos, e que era do Paraná, morreram na hora. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Itapetininga e liberados por volta das 18h30. O motorista será enterrado às 15h desta sexta-feira (11) em Ourinhos (SP) e a passageira Maria em Campinas (SP).
Das cinco vítimas levadas a Porto Feliz, quatro foram liberadas e uma foi levada ao Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) para exames e deve retornar a Porto Feliz. Já as duas vítimas graves de Sorocaba, entre elas um homem de 32 anos com trauma na coluna lombar, seguem em observação. O estado de saúde delas ainda não foi informado pela Secretaria Estadual de Saúde.
Ainda segundo a polícia, parte da carga do caminhão caiu no trecho e as duas faixas sentido interior-capital ficaram interditadas até 9h20 de quinta-feira, o que causou congestionamento.
descreve o acidente (Foto: Reprodução/ TV TEM)
“Atropelou o caminhão”
O caminhoneiro Valdevino Gonçalves Borges afirmou em entrevista para a TV TEM que o “ônibus atropelou o caminhão”. “Senti um impacto e nem sabia o que tinha batido atrás. Fui ver era um ônibus. A pista estava livre, não tinha ninguém, só estava eu e ele. Ele tinha a faixa da esquerda aberta, das duas faixas, mas ‘atropelou’ o caminhão na primeira faixa”, ressalta.
De acordo com Valdevino, ele é caminhoneiro há mais de 35 anos e é a primeira vez que se envolve em acidente. “Segundo comentários, o motorista dormiu porque estava dirigindo a algumas horas, vinha desde Maringá. Daí ele estava cansado e nem viu a batida. Fico assustado, em mais de 35 anos dirigindo aí é a primeira vez que acontece uma tragédia dessa”, afirma.
“Acordou com a pancada”
A universitária Fernanda Weber Neiva Castelli é uma das passageiras que estava no ônibus e afirmou que acordou com a forte pancada da batida. “Estava dormindo e foi bem rápido. Eu acordei com a pancada e com a poltrona na frente. Demorou um pouco para entender o que estava acontecendo. Tinha bastante tijolo em volta”, conta.
Ainda segundo a jovem, ela estava em uma poltrona na frente do ônibus e conseguiu sair do veículo sem ferimentos. “Quando vi as pessoas se movimentando, tomei a atitude de sair de lá. Graças a Deus estou bem. Nasci de novo”, ressalta.
A empresária Rosângela Rocha da Silva também estava como passageira no ônibus. Ela mora em Tapiraí (SP) e pegou o veículo em Maringá (PR) junto com o filho, de 20 anos. “Após a batida, a gente ajudou uma senhora que tinha umas crianças, além de um moço que estava atrás da gente. A gente viu muito sangue, lajotas dentro do ônibus, as pessoas gritando. Foi tudo o que vi na hora. A gente foi ver a situação pior depois que a gente desceu”, relata.
Ainda segundo Rosângela, o filho dela, de 20 anos, foi para um hospital acompanhando uma outra passageira que se machucou. “Foi um susto muito grande”, finaliza.
Investigação
De acordo com a polícia, o caminhoneiro será ouvido nos próximos dias e poderá responder pelos crimes de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e lesão corporal. Além dele, passageiros, representantes da empresa de ônibus e testemunhas também serão ouvidos na próxima semana pelo delegado responsável.
“A ocorrência foi registrada como homicídio culposo e lesão corporal. Vamos investigar se houve frenagem por parte do caminhoneiro, a velocidade que ele trafegava e se ele estava na faixa de rolamento destinada para caminhões. Caso essas situações tenham acontecido, ele assumiu o risco de ocasionar um acidente e pode responder por homicídio culposo. Porém, se for constatado que ele estava na velocidade adequada e estava na faixa de rolamento correta, a ocorrência pode regredir para lesão corporal gravíssima. Tudo vai depender da investigação”, explicou Ayr Daniel Paschoal Grilo, do setor de investigação da Polícia Civil. Fonte G1