MP identifica ‘uso da máquina pública’ por vereador cassado de Florínea
O vereador de Florínea (SP) Luís Rogério Volpini Basseto, do PSD, que teve seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral de Assis (SP) nesta terça-feira, apresentou embargos de declaração à decisão e segue no cumprimento de seu quarto mandato. O político, conhecido na cidade como Zu, foi condenado por compra de votos. Além da cassação do mandato, a sentença determina também que ele fique inelegível por oito anos.
A decisão da Justiça é em primeira instância e cabe recurso. Além da defesa do vereador, o Ministério Público também apresentou embargos de declaração questionando pontos da decisão do juiz. Apenas uma condenação em segunda instância é que obrigaria o vereador a se afastar do cargo.
Segundo investigações da Polícia Civil e do MP, o vereador teria participado de um esquema que envolveu servidores públicos, políticos e outros candidatos nas eleições municipais do ano passado.
No processo estão anexadas transcrições de conversas gravadas com autorização da Justiça. Segundo o promotor eleitoral Luís Fernando Rocha, as conversas indicam ações voltadas para a compra de votos.
“Pelo que apuramos no processo, havia uma coordenação usando a máquina pública e por isso, paralelamente à responsabilidade eleitoral já apurada, há também a responsabilidade pela improbidade e ainda uma responsabilidade criminal decorrentes dessas condutas”, afirma o promotor.
Além do vereador, também foram investigados pelo mesmo crime e condenados à inelegibilidade por oito anos o candidato a prefeito de Florínea nas eleições de 2016, Francisco José dos Santos Júnior, que chegou a ser preso em 2016, seu vice, Danilo Gervazioni, e o ex-prefeito da cidade Rodrigo Silveira da Silva. Outras quatro pessoas também foram condenadas, entre elas dois vereadores suplentes.
Procurado, o vereador Luís Rogério Volpini afirmou que não participou de nenhum esquema de compra da votos e que vai recorrer da decisão. Na mesma linha, Francisco José dos Santos Júnior e Rodrigo Siqueira negaram participação no suposto esquema de compra de votos e que também irão recorrer da decisão. Fonte G1