MP pede na Justiça a retomada de atendimentos no HR de Assis

Hospital Regional de Assis é tema de ação civil pública para retomada de atendimentos — Foto: Divulgação

Hospital Regional de Assis é tema de ação civil pública para retomada de
atendimentos Foto: Divulgação

Uma ação civil pública do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pede na Justiça a retomada de atendimentos envolvendo gravidez de alto risco e no hemonúcleo do Hospital Regional de Assis (SP).

A ação, protocolada pela promotoria de Justiça da Saúde Pública de Assis no último dia 22 de abril contra a Fazenda Pública Estadual, também pede a reposição do quadro de médicos e demais profissionais no hospital.

Segundo a promotoria, “nos últimos anos houve redução de 33% no quadro geral de pessoal e de 59% na equipe de enfermagem do hospital, com consequente fechamento de serviços prestados”.

Ainda de acordo com o MP-SP, “a situação é grave, pois evidencia risco concreto à continuidade dos atendimentos prestados aos moradores de Assis e região”.

A ação, explica o Ministério Público, “tem por fundamento princípios constitucionais, notadamente os do não retrocesso dos direitos sociais e da continuidade dos serviços públicos”.

O processo, ao menos até o começo da manhã desta terça-feira (25), por volta das 8h, aguardava análise da Vara da Fazenda Pública de Assis sobre o pedido de liminar feito na ação.

Em fevereiro, o hospital anunciou a suspensão da ala pediátrica devido à falta de profissionais da área da saúde, de acordo com o Departamento Regional de Saúde de Marília (DRS-9).

Em nota, na época, o DRS informou que, apesar da suspensão, o hospital seguia com as Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) infantil e neonatal em atividade.

Hospital

Após a ação do MP-SP o hospital se posicionou por meio de nota em que afirma estar “em discussão a abertura de processos seletivos a fim de realizar a contratação de profissionais para os serviços de Gravidez de Alto Risco e Hemonúcleo”.

“Atualmente, a unidade conta com seis profissionais técnicos de enfermagem para realizar o atendimento no hemonúcleo e seis médicos para a especialidade de obstetrícia. Além disso, o hospital reforça que o hemonúcleo está em funcionamento para garantir que as demandas emergenciais sejam atendidas”, completa a nota.