Museu de Marília realiza exposição ‘Todo Dia é Dia de Índio’

 

Está aberta a partir desta terça-feira (19), a exposição “Todo dia é dia de Índio”, no Museu Histórico e Pedagógico “Embaixador Hélio Antônio Scarabotollo” em Marília (SP). A exposição é uma homenagem ao Dia do Índio comemorado nesta terça-feira e faz referência aos índios Kaingangs, os primeiros habitantes naturais de Marília e outras etnias.

Entre as curiosidades deste acervo, o Museu conta com diversos artigos indígenas como enfeites, cestaria, chocalhos, brinquedos, bordunas, cocares, arco e flechas, colares, e muitas outras peças.

Segundo Denise Campos, Coordenadora do Museu, “nesta exposição os visitantes poderão interagir com o indígena convidado e os monitores estarão mostrando um pouco sobre a alimentação com exposição de urucum, que era muito usado para fazer pinturas no corpo, jenipapo, mandioca, abóbora e outros. E reafirmando a importância da contribuição do índio nos nossos usos e costumes e cultura”.

População indígena
Só em território brasileiro viviam 5 milhões de nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco linguístico ao qual pertenciam: tupi-guarani (região do litoral), macro-jê ou tapuia (região do Planalto Central), aruaque (Amazônia) e caraíba (Amazônia).

Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais como antes da chegada dos portugueses. O contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.

“Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência”, destaca Ricardo Verceloni, chefe do Museu.

Os kaigangs
Esta nação de índios é chamada pelos brasileiros Coroados pelo costume de cortarem os cabelos à maneira dos frades franciscanos; não gostam, porém deste apelido e a si mesmos se chamam Kaingang, que em língua portuguesa quer dizer índio ou antes aborígene.

Sustentam-se de caça, peixe, mel e frutas; plantam também algum milho e feijão. Do milho fazem uma espécie de pão, para o que o põem de molho na água até apodrecer, e depois o socam ao pilão, ou o amassam com as mãos e cuspo, fabricando uma roda de bom tamanho para assarem em baixo da cinza.

Até o presente são bem poucos os que querem a comida temperada com sal. Mostram a maior aversão ao leite e à carne do gado. São francos alegres e conversadores; tem grande paixão por miçangas, especialmente brancas e oferecem de boa vontade o que têm de melhor em suas cabanas em troca dessas bagatelas. Quando organizam festa e danças, servem as miçangas de enfeite às mulheres, que as têm em grande estimação, trazendo-as a tiracolo, quantas possam ajuntar. Quem lhes dá alguma coisa de presente não fica sem retribuição.

Serviço
A Exposição permanece para visitação de 19 de abril a 13 de maio, das 8h30 às 11h30 e das 13h às 17h. O telefone para agendamentos é o (14) 3413- 9930.  Fonte G1