Na porta da igreja, mulher descobre que não é madrinha e, sim, a noiva

 

Planejar um casamento pode ser um período recheado com muitos perrengues e problemas ao longo do ano (ou até mais tempo) que antecede a festa. Mas já imaginou ter o seu grande dia programado secretamente por outras pessoas e só chegar para aproveitar? Pode parecer impossível –e a ideia não agradar a alguns–, mas foi o que aconteceu com Nadia Siementkowski. Em 19 de dezembro de 2015, ela se casou com Cleber, seu namorado desde os 17 anos, na cidade natal deles, Balneário de Piçarras, em Santa Catarina, e não precisou tomar nenhuma decisão sobre o evento.

Nadia, 35, e o marido, 34, moram na Suíça há cinco anos –antes, passaram nove anos em Portugal. E, apesar de serem casados no civil desde 2005, ainda acalentavam o sonho de uma celebração junto dos amigos e familiares. Mas por causa dos problemas de saúde da mãe dela e o pouco tempo que passam no Brasil, Nadia estava prestes a desistir da ideia. Com ajuda da família, Cleber, no entanto, decidiu realizar o desejo da parceira, e um casamento surpresa foi preparado em apenas dois meses, antes de eles chegarem de férias ao país, no final do ano passado.

Tudo começou com um convite (falso, é claro) para que os noivos fossem padrinhosdo casamento de Vagner e Vanessa, primos de Cleber. Nadia conta que não desconfiou de nada e ficou muito animada porque nunca havia sido madrinha. “Eles ligaram, falaram que a data do casamento seria na época das nossas férias e até mandaram um convite”, disse em entrevista por telefone.

Feito o convite, o outro passo foi resolver o vestido de noiva. Vanessa falou que as madrinhas alugariam no mesmo lugar um modelo curto branco, porque ela queria se casar com outra cor. E Nadia caiu na história. “Até mandei o dinheiro para o aluguel (R$ 200).”

O tempo foi passando e Daniela e Danúbia, irmãs de Cleber, atualizavam o noivo sobre todos os detalhes que iam sendo fechados. Segundo ele, depois de tanto falarem a respeito do assunto, Nadia havia dado algumas pistas sobre como gostaria de casar e até os padrinhos que gostaria de ter no altar.

No convite dos 250 escolhidos para participar da festa, havia uma observação para que o evento fosse mantido em sigilo. E, apesar da ansiedade do noivo, tudo transcorreu em segredo. “Às vezes, tinha vontade de olhar algo, mostrar para ela o que me mandavam, falar com algum convidado, mas me segurei”, contou Cleber.

Mas nem tudo foi tranquilo. Quando Nadia chegou ao Brasil, poucos dias antes do casamento, foi experimentar o vestido e ele não serviu. “Cheguei a falar com a ‘noiva falsa’ que não tinha problema, eu iria com outro (vestido), mas ela deu um jeito e uma costureira apareceu para consertar.”

Como Nadia e Cleber se casaram em uma igreja católica, foi preciso dar um jeito para contemplar rituais obrigatórios –como curso de noivos e a confissão pré-casamento– sem despertar a atenção da noiva. “O padre nos liberou do curso, e minha sogra disse que eu precisava me confessar porque ela havia feito uma promessa em meu nome.”

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No dia do casamento, Nadia acabou se atrasando no salão de cabeleireiro. “Liguei para o Cleber e ele disse que não poderia me buscar. Não achei estranha a recusa, fiquei é brava. Meu irmão –que me levou ao altar– foi quem me buscou. Pensei que o casamento já tinha começado, pois, quando cheguei, a porta estava fechada. Entrei em pânico ao imaginar que estava estragando o casamento dos meus primeiros afilhados. De repente, a porta abriu e meus sobrinhos vieram até mim com uma plaquinha com os dizeres: ‘a noiva é você’.”

Na porta da igreja, ela recebeu um tablet com um vídeo em que os primos de Cleber revelavam a surpresa. Com os convidados à sua espera, ela recebeu uma cauda para pôr no seu vestido e um buquê, para, então, assumir o papel de noiva. “Foi muito emocionante. Amei e faria tudo do mesmo jeito que eles escolheram para mim.”

Fonte: Com informações do UOL

Publicado Por: Illa Marinho