Nos EUA, Virgínia proibirá bandeiras confederadas em placas de veículos

O governador da Virgínia anunciou nesta terça-feira (23) que proibirá a presença da bandeira confederada nas placas dos carros pelo fato de ser um símbolo controverso nos Estados Unidos, que muitos consideram racista.

O governador da Virgínia, Terry McAuliffe, fez referência à decisão da governadora da Carolina do Sul, onde na semana passada nove negros foram assassinadosem uma igreja, de retirar a bandeira do Parlamento local.

“Este estado não pode seguir permitindo que este símbolo continue dividindo os habitantes da Carolina do Sul”, estimou McAuliffe em um comunicado.

“Penso que o mesmo deve ocorrer na Virgínia (…). E colocá-la nas placas dos carros segue dividindo e ofendendo muita gente”, acrescentou.

“Passei 17 anos trabalhando para construir uma nova economia na Virgínia, mais aberta e que acolha a todos. Tirar esse símbolo das placas é outra etapa em direção a este objetivo”, afirmou.

O governador lembrou que a própria Suprema Corte dos Estados Unidos havia dado razão no dia 18 de junho aos estados que se negam a avalizar uma mensagem de propaganda nas placas dos automóveis.

McAuliffe indicou que pedirá ao ministro da Justiça da Virgínia que reconsidere a decisão de um tribunal local que autorizou a bandeira nas placas dos carros. Também solicitará ao ministro local de Transportes que elabore uma proposta para substituir as placas atuais.

A governadora republicana da Carolina do Sul, Nikki Haley, declarou na segunda-feira (22), em referência a um símbolo que divide, que “150 anos depois do fim da Guerra de Secessão, chegou o momento” de retirar a bandeira, “embora ela forme parte de nossa história”.

Em um manifesto divulgado na internet é possível ver o assassino de Charleston, Dylann Roof, agitando uma bandeira confederada para justificar em um texto seus crimes racistas.