Pacientes do Hospital Regional de Assis são contaminados por bactéria

O Hospital Regional de Assis (SP) está com uma bactéria resistente que pode ter causado a morte de duas pessoas, uma delas uma mulher, de 72 anos, na semana passada. O hospital está tomando providências para evitar novos problemas, mas informou que não há motivo para pânico porque a bactéria só circula em ambientes hospitalares, como a UTI.

Os corpos das vítimas não puderam ser velados pelo alto risco de contaminação. A mulher de 72 anos, que foi enterrada na semana passada, segundo o hospital, estava com a bactéria acinetobacter. Porém a bactéria que tem preocupado é a Klebsiella, a KPC. Desde abril deste ano, foram registrados oito casos no HR.

Segundo a diretora do Hospital Regional, Elisabeth Alves Salgado Martins, a unidade tem tomado toda a precaução contra a bactéria. “Essas bactérias que a gente chama de multi R, elas tem preferência por pacientes debilitados. Hoje nós sabemos que o mais importante é o contato. Essa bactéria não sai voando, passa de mão em mão. Então temos que tomar algumas precauções com o paciente que entra, que vai par UTI, eles são monitorados. Eles são colocados em isolamento, assim como os funcionários para que não misturem com outros pacientes. Depois da alta do paciente, ele vai para um lugar privativo com esse cuidado também.”

Em julho, apenas um caso foi registrado no hospital de Assis. O médico infectologista Cilas Tavares Costa explica que a bactéria sofre mutações com o uso excessivo de antibióticos. “Essa bactéria acaba ganhando um padrão de resistência aos antibióticos que a torna difícil de tratamento. Daí o nome de super bactéria. Porque na verdade o tratamento dela é difícil em virtude de uma quantidade pequena de antibióticos que possa tratar o paciente que desenvolve o KPC.” Fonte: G1