Pais se vestem de bailarina em ensaio fotográfico com as filhas em Tupã
Ser pai de menina não fácil não, tem que brincar de casinha, de boneca, mas a gente tem que participar desse aprendizado, não pode ser um pai antiquado”, ensina o vendedor José Augusto Gonçalves, que é pai Alícia que vai fazer 1 ano.
E para registrar de um jeito diferente essa “dificuldade” que é ser pai de menina, a fotógrafa Sheila Rotoli Reis fez quatro papais de Tupã (SP), entre eles o José Augusto, entrar de vez no mundo das filhas.
Com saia de tule, tiaras e outros acessórios, eles se transformaram em bailarinas em um ensaio fotográfico muito divertido.
“Foi uma forma de homenagear as filhas, eles entrarem no universo delas”, conta a fotógrafa.
A ideia foi de uma amiga e cliente e o marido dela foi o primeiro a topar o ensaio. “Eu vi na internet um ensaio de um pai e achei muito legal, falei com a Sheila e fiz a saia e alguns acessórios, ela deu outras ideias e o resultado ficou perfeito”, conta Gabriela Maldonado Felipe Rodrigues.
O marido de Gabriela, Caio Felipe Rodrigues fotografou com as filhas Maria Laura, de 3 anos e Ana Luiza de 7 meses. “Quando ele chegou no estúdio já estava a saia rosa esperando o coitado”, brinca a fotógrafa.
Mas, Caio levou tudo na brincadeira. “Os amigos brincam, zoam com a gente, mas foi muito divertido. Pelos filhos a gente faz qualquer coisa e só colocamos em prática as brincadeiras que fazemos sempre.”
Foi tão divertido que a família já está planejando outro ensaio, mas dessa vez será de super-heróis. Além do Caio e do José Augusto, outros dois papais encararam as saias de tule e tiaras.
Para o operador de máquinas Aldair Cesar de Assis não foi tão fácil vencer a timidez e tirar as fotos com a pequena Ana Luiza, de 1 ano.
“Depois que coloquei a roupa nem conseguia olhar no espelho direito de vergonha, mas depois da primeira foto foi tudo mais fácil. A gente se divertiu muito, foi um dia fantástico.”
Já o gesseiro André Luís Brandão é daqueles que faz qualquer loucura pela filha Isadora de 5 meses. Ele até hesitou um pouco no começo, mas logo entrou na brincadeira, com a saia de tule vermelho e a tiara da Minnie.
“O começo foi bem complicado, a Isadora nasceu prematura de 7 meses, então eu sempre tive esse pensamento – faço tudo por ela e pela minha esposa. Qualquer loucura.”
E esse amor todo driblou a vergonha. “Quando minha esposa falou de fazer eu fiquei um pouco em dúvida, porque vergonha a gente tem, mas depois você coloca a roupa e só risada. A gente tem que participar. É claro que existe o preconceito, mas foi muito mais coisas positivas do que negativas e foi legal até incentivar outros pais”, finaliza.