Parque Aquático que custou R$ 2 milhões é transformado em ‘lixão’ em Marília
O Parque Aquático Municipal de Marília (SP) está se tornando um dos maiores exemplos de desperdício do dinheiro público na cidade.
Comprado em 2008 por R$ 2 milhões, o complexo de 98 mil metros quadrados foi desativado em 2012 e, nos últimos tempos, transformou-se em uma espécie de “lixão a céu aberto”.
A situação de abandono do Parque Aquático Municipal já vem sendo mostrada há tempos, mas a novidade que recentemente vem incomodando os moradores do Bairro Flamingo, na zona oeste da cidade, é o lixo acumulado nas dependências daquilo que foi projetado para ser uma área de lazer.
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A situação provoca revolta e preocupação dos moradores da região, que passaram a sofrer com o medo da proliferação de insetos, especialmente do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Moradores vizinhos ao parque gravaram vídeos mostrando sofás velhos jogados ao lado das piscinas. Em outro local, pilhas de pneus velhos, muitos deles com água acumulada, o criadouro perfeito para o Aedes. Há também garrafas de vidro e muitos colchões amontoados.
“A gente está incomodado com o lixo que a prefeitura vem depositando aqui e já começaram a aparecer bichos peçonhentos”, reclama o motorista Marcos Bueno.
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Dependências do parque de Marília estão tomadas por lixo de todo tipo, como colhões velhos (Foto: TV TEM/Reprodução)
Além do perigo de doenças e dos animais peçonhentos, moradores da zona oeste também temem a ação de vândalos no local. O entorno do parque está tomado pelo mato alto e a cerca de proteção foi estourada. Com acesso livre, o patrimônio público vendo sendo furtado ou depredado.
Sem chance de reativação
A prefeitura alega que vem utilizando o local apenas como área de triagem do material recolhido em mutirões de limpeza. Segundo o secretário do Meio Ambiente de Marília, Vanderlei Dolce, a escolha do parque como ponto de triagem é por ser um “local fechado e seguro”.
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Prefeitura afirma não ver possibilidade de reativação do Parque Aquático que custou R$ 2 milhões; área deve ser colocada à venda (Foto: TV TEM/Reprodução)
Ele reconhece o risco do aparecimento de criadouros do mosquito da dengue, mas garante que todo o material será triado e retirado em um prazo máximo de dez dias.
Consultada pela reportagem da TV TEM, a prefeitura de Marília informou que, após uma avaliação feita pela atual administração, ficou decidido que não há condições financeiras de se reformar e reativar o parque.
Por isso, o complexo turístico e de lazer foi incluído em uma lista de imóveis públicos que serão colocados à venda ainda este ano. Fonte G1
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Com cercas estouradas, local também virou alvo de vândalos, que depredam e furtam o patrimônio público (Foto: TV TEM/Reprodução)