Polícia abre inquérito para apurar incêndio em processadora de óleo
O delegado da Polícia Civil de Paraguaçu Paulista (SP), José Roberto de Oliveira, instaurou inquérito para apurar as causas do incêndio que causou uma explosão em um tanque de extração de óleo em uma empresa processadora de óleo na segunda-feira (24). Cinco funcionários ficaram feridos durante o incidente e uma vizinha morreu após sofrer um infarto. Segundo testemunhas, o incêndio teria começado depois que o local foi atingido por um raio.
(Foto: Arquivo Pessoal)
A empresa Louis Dreyfus Company informou que também apura as causas do incêndio e está concentrando seus esforços em prestar assistência às vítimas.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo foi no setor de extração de óleo, produzido pela empresa. Logo após a explosão, as equipes de segurança da empresa começaram a combater o fogo e a resfriar os tanques.
A empresa ficou sem energia por mais de três horas e a rua em frente ao local foi interditada. Caminhões-pipa da Sabesp e de outra usina, da vizinha cidade de Quatá, ajudaram a apagar o incêndio. Os bombeiros de Paraguaçu Paulista também tiveram apoio de soldados da cidade de Assis.
Flagrante
Um vídeo que mostra o momento da explosão foi enviado para a redação da TV TEM na terça-feira (25). De acordo com testemunhas, a explosão ocorreu após um raio atingir a empresa e causou um incêndio de grandes proporções.
O morador France Ruiz enviou as imagens pelo aplicativo TEM Você e contou que elas são da câmera de segurança de uma casa que fica bem próxima ao local do incêndio. No vídeo é possível ver as chamas e de repente um clarão (veja o vídeo acima).
(Foto: Romeu Neto/TV TEM)
Feridos
Um dos cinco funcionários da empresa que se machucou enquanto tentava fugir após a explosão, já teve alta do hospital. O saqueiro Ricardo dos Santos estava a poucos metros do tanque. Ele teve um arranhão na perna e um machucado no braço. “Do nada deu um raio, ai uma explosão. Não deu para ver mais nada, nós agachamos e saímos correndo para dentro. No que eu fui correr, eu escorreguei e bati o braço”, lembra.
Os cinco feridos são todos funcionários da empresa, um deles, Adriano Pereira da Silva, de 38 anos, teve 70% do corpo queimado e foi transferido para um hospital especializado em Ribeirão Preto. Outras duas pessoas também sofreram queimaduras, uma delas teve 50% do corpo queimado e está internado em um hospital especializado de Marília. Outra teve ferimentos mais leves e está internado em um hospital da cidade.
Um técnico em segurança sofreu fadiga física após ajudar no combate às chamas. Ele recebeu atendimento médico e foi liberado.
peças da empresa (Foto: Reprodução / TV TEM)
Morte
Uma vizinha da empresa acabou morrendo após sofrer um infarto logo após incidente. Vânia de Oliveira, de 55 anos, morava a poucos metros da fábrica e teve a casa atingida por peças de equipamentos do setor de extração de óleo, onde ocorreu a explosão e o incêndio.
Segundo familiares, as peças atingiram a casa ainda em chamas. Telhas foram quebradas, a porta de vidro também foi atingida e até um colchão foi danificado.
A mulher, que tinha três filhos, estava na casa com as netas e todas chegaram a deitar no chão, com medo de serem atingidas. Elas são se feriram, mas Vânia começou a passar mal e foi socorrida por familiares. No entanto, chegou sem vida ao pronto-socorro. A causa da morte foi infarto, mas será investigado se foi em decorrência dos momentos de tensão que a moradora viveu.
Susto
Os vizinhos da empresa processadora de óleo se assustaram com a explosão. A empresa fica em um bairro residencial e pedaços de metal e de telhas voaram mais de cem metros e atingiram muitas casas.
(Foto: Reprodução/TV TEM)
A cozinheira Adriana da Silva Pereira estava em casa quando peças da empresa atingiram seu imóvel. “Eu estava sentada na sala assistindo televisão quando teve a explosão e parece que jogou uma pedra bem forte. Veio essa explosão e o fogo junto. A chama era tão alta. Quando eu cheguei na porta da cozinha tinha fogo, voltei pra trás tinha fogo. Abri a janela estava igual um furacão voando peças no ar: Zinco, madeira, já caindo em cima da casa.
Meu marido achou que era granizo, mas eram pedaços da fábrica que estavam caindo. Foi uma coisa terrível porque eu sei o quanto de gente que trabalha ali nesse horário, a gente já pensa nas famílias”, conta.
Uma telha de zinco foi parar no telhado da casa da vendedora Camila da Silva. “Foi muita coisa que voou. A gente ficou desesperado achando que fosse chuva de pedra. Minha mãe saiu e já viu o fogo subindo, ai a gente pegou as coisas e saiu correndo.” Fonte G1