Polícia Civil recupera carga com 63 toneladas de grãos de soja desviadas por criminosos em Cândido Mota

A Polícia Civil de Cândido Mota (SP) recuperou uma carga de 63 toneladas de grãos de soja e apura associação criminosa para identificar os responsáveis pelo crime. A carga tem valor estimado de R$ 100 mil.

De acordo com o delegado titular do município, Gustavo Barbosa de Siqueira, os desvios de cargas aconteceram em 5 e 23 de julho, e a polícia passou a investigar o esquema.

Duas transportadoras, de Assis e Cândido Mota, são as principais vítimas do esquema. Na prática, elas adquiriram a mercadoria e contrataram motoristas para carregar as cargas para destinos definidos.

As investigações apontaram que, no trajeto, uma terceira pessoa fazia contato com os motoristas contratados e eles acabavam desviando as cargas. “A quantidade era comercializada com empresários que recebiam até nota fiscal pela carga recebida”, explica.

Depois do desvio, as transportadoras simplesmente não encontravam mais os motoristas nem vestígios de onde poderia estar a carga.

Delegado titular de Cândido Mota, Gustavo Barbosa de Siqueira é responsável pelas investigações do caso  — Foto: Polícia Civil / Divulgação

Delegado titular de Cândido Mota, Gustavo Barbosa de Siqueira é responsável pelas investigações do caso — Foto: Polícia Civil / Divulgação

Investigações

Ainda segundo o delegado, as cargas foram apreendidas e devolvidas para as vítimas entre 2 e 9 de agosto. As investigações e diligências continuam.

A intenção é chegar nos “terceiros”, que são os contratantes dos motoristas, os considerados articuladores do esquema. Os motoristas recebiam cerca de R$ 3 mil para fazer o desvio, segundo a polícia.

Ainda de acordo com o delegado, durante trabalho, em conjunto com a Polícia Militar, os agentes já identificaram motoristas e intermediadores que receberam a carga para chegar aos grãos.

Um dos empresários que adquiriu o produto possuía nota fiscal de compra, em valor compatível com o mercado.

“O que dificulta a investigação é que quem está comprando recebe até nota fiscal. O que dá credibilidade para a negociação. O comerciante não sabia que a carga era ilícita”, afirmou o delegado Gustavo Siqueira.

Até o momento, ninguém foi preso. A polícia investiga o caso.