Polícia de SP vai ao RJ ajudar na investigação sobre 4 médicos baleados
A Polícia Civil de São Paulo vai ao Rio de Janeiro auxiliar a polícia carioca na investigação sobre os quatro médicos baleados num quiosque da orla da capital fluminense. Três vítimas foram mortas a tiros por criminosos armados. Outra ficou ferida e está internada.
O crime foi cometido na madrugada desta quinta-feira (5). Câmeras de segurança gravaram a ação (veja vídeo acima). As cenas mostram três bandidos saindo armados de um carro que para próximo a barraca onde estavam os quatro amigos.
Em seguida, os criminosos disparam cerca de 20 vezes contra eles. Nada foi levado das vítimas. Os bandidos fugiram em seguida. As filmagens estão sendo analisadas pelos policiais para tentar identificar os assassinos.
Os médicos estavam na cidade para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo e tinham ido ao quiosque fica em frente ao Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa, onde tinham se hospedado.
Montagem com fotos dos médicos assassinados na Barra da Tijuca: Diego Ralf de Souza Bomfim, Marcos de Andrade Cosato e Perseu Ribeiro Almeida — Foto: Montagem/g1
Os três médicos mortos no ataque eram:
Diego Ralf de Souza Bomfim: Tinha 35 anos, e era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL). Foi especialista em Reconstrução Óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Ele chegou a ser socorrido, mas teve a morte confirmada no Hospital Lourenço Jorge;
Marcos de Andrade Corsato: Tinha 62 anos. Era médico assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Ele morreu na hora;
Perseu Ribeiro Almeida: Tinha 33 anos. Era especialista em cirurgia do pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Fez aniversário na última terça-feira (3). Também morreu na hora.
Quem são os médicos de SP baleados em quiosque no Rio de Janeiro
O médico que foi ferido e sobreviveu é:
Daniel Sonnewend Proença: Ele tem 32 anos. Se formou pela Faculdade de Medicina de Marília, no interior paulista, em 2016. E é especialista em cirurgia ortopédica. Foi levado com vida ao Hospital Municipal Lourenço Jorge com pelo menos 3 tiros e seria transferido para uma unidade particular;
Em nota, o Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP lamentou as mortes e prestou condolências às famílias.
SP auxilia RJ nas investigações
Três médicos foram mortos em um quiosque na Barra da Tijuca, na madrugada desta quinta (5) — Foto: Reprodução / TV Globo
Até a última atualização desta reportagem nenhum suspeito pela chacina havia sido identificado ou preso. Os motivos da execução estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídios do Rio.
Como os três mortos moravam no estado de São Paulo e o sobrevivente também reside no estado, Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública (SSP) paulista, determinou que uma equipe do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) auxilie a polícia do Rio no esclarecimento do crime.
“Por determinação do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, e do delegado-geral da Polícia Civil, Dr. Artur Dian, a Polícia Civil está enviando uma equipe do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa) ao Rio de Janeiro para auxiliar nas investigações das mortes de três médicos paulistas, ocorridas na madrugada desta quinta-feira (5), na capital carioca. A SSP se solidariza com os familiares das vítimas e está à disposição para colaborar com as apurações para esclarecer o crime“, informa nota divulgada pela assessoria de imprensa da pasta da Segurança de São Paulo.
Um delegado e quatro investigadores do DHPP vão sair do Aeroporto Campo de Marte num helicóptero da Polícia Civil direto ao Rio. Outra equipe de inteligência do departamento, com um delegado e quatro investigadores, vai de carro à capital fluminense.
Outros policiais em São Paulo pretendem ouvir parentes dos quatro médicos baleados no DHPP.
Fonte: G1