Polícia de Vera Cruz tenta regularizar uso de bicicletas motorizadas

 

A polícia de Vera Cruz está fechando o cerco contra o uso irregular de bicicletas motorizadas na cidade. Para circular com o veículo, é preciso respeitar uma série de regras e isso não está acontecendo. Várias bicicletas já foram apreendidas e os usuários não estão gostando. O estudante Mário de Andrade vai pra todos os lados em cima da bicicleta motorizada. Ela roda 70 quilômetros com apenas dois litros de gasolina.

“Porque aqui em Vera Cruz bastante gente tem. Eu uso ela para vim de casa, aqui no bar, para fazer algum favor pra minha mãe, para o meu pai. Eu presto atenção na sinalização, nos pares, ando devagar”, afirma.

Só que pela lei, ele não poderia estar em cima dela. Em cidades menores iguais a Vera Cruz, têm bicicleta para todos os lados. Só que ultimamente o pessoal tem trocado as tradicionais por aquelas motorizadas ou elétricas. Porém há uma série de exigências para fazer essa troca.

Bicicletas motorizadas são muito usadas em Vera Cruz (Foto: Reprodução/TV TEM)Bicicletas motorizadas são muito usadas em
Vera Cruz (Foto: Reprodução/TV TEM)

A bicicleta motorizada é considerada um ciclomotor e podem atingir 50 quilômetros por hora. O piloto deve ter no mínimo 18 anos e ter habilitação na categoria A ou uma autorização especial emitida pelo Detran. Além disso, o ciclomotor tem que estar registrado, emplacado e licenciado.

“O que a gente percebe é que algumas pessoas compram o kit pela internet e montam em casa. Esses veículos, segundo a resolução 315 do Contran, ele tem que ter alguns itens de segurança, como os retrovisores em ambos os lados, farol dianteiro, lanterna traseira, pneu em condições de trafego”, explica o sargento da Polícia Militar Luiz Rogério de Abreu.

Todas essas bicicletas apreendidas no pátio foram retiradas de circulação pela polícia. Elas estavam envolvidas em algum tipo de acidente. A entregadora Gilmara Aparecida Marcolina tinha uma bicicleta motorizada que ajudava no serviço, mas como ela não tem habilitação resolveu encostar a bicicleta para não correr o risco de ser apreendida.

“Nós deixamos de rodar porque a polícia não deixa rodar na cidade. Então temos que andar com a bicicleta normal.  Mais fácil, mais rápido pra trabalhar, a gente entrega jornal nas fazendas, agora tem que ir de bicicleta normal”, reclama. Fonte G1