Ponte destruída pela chuva em janeiro deixa moradores de Tupã ilhados e causa prejuízos a agricultores

O único caminho que o agricultor Manoel Domingues Cardoso e tantos outros agricultores tinham agora se resume a um monte de entulho no meio da estrada. “Isso afeta a gente porque a produção da gente tem que sair por essa passagem, não tem jeito. E para retirar as mercadorias agora das propriedades que produzem, tanto leite como carne, está tendo que fazer desvio de 15 quilômetros.”

Em nota, a Secretaria de Obras informou que já está em processo de licitação a compra de tubulações para reconstruir a ponte, que terá uma vazão maior para aguentar a força da água. O prazo para essa licitação e para a conclusão das obras, ou seja, para entregar a ponte é de um mês. A demora seria porque a prefeitura também está realizando obras em outros pontos da cidade, ainda por causa da chuva de janeiro.

Para não perder viagem, os moradores improvisaram um desvio atravessando o canavial. Para chegar ao outro lado, só indo de caminhonete. A estrada é irregular, passa no meio de uma fazenda, e quando chove, nem os veículos maiores conseguem entrar. Aí o jeito é pegar outra estrada, mas a viagem de quinze quilômetros dobra de tamanho.

São quinze famílias que moram no bairro rural e muitas delas tiram o sustento da produção. “Até para pulverizar a plantação, você vai entrar com o trator não dá para ir com o trator na propriedade, então se torna prejuízo, combustível, tudo, você tem que dar volta, fica mais caro”, diz o agricultor Paulo Sérgio Morales.

O agricultor Antônio Carlos Piveta já está vendo o custo aumentar. “O rapaz passa pegar, mas dá uma volta muito grande, então fica mais caro pra ele e ele fica no prejuízo. Então fica difícil para gente, precisava urgente dessa ponte.”

Mas a história dessa ponte é antiga. Os moradores contam que já viram essa ponte cair e levantar mais de uma vez. “Já é a terceira vez que a ponte é levada. Já fizeram uma vez bem feitinho, só que colocaram uma linha de tubo que não deu vazão para quantidade de chuva que caiu. Só que a ponte tem que ter capacidade de receber as águas da propriedade e escoar, é o que não está acontecendo”, explica o agricultor Manoel Domingues Cardoso.