Por moradia, famílias acampam em frente a conjunto habitacional

 

Aproximadamente 140 famílias protestaram em frente à prefeitura de Cândido Mota (SP) nesta terça-feira (19). Eles esperavam receber casas de um conjunto habitacional entregue no fim do ano passado na cidade, mas não conseguiram. As famílias ocupam desde a semana passada uma área de preservação ambiental em frente aos prédios da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).

As 146 casas do Conjunto Habitacional Sebastião Borges seriam destinadas a famílias que obecessem critérios previstos no edital da CDHU, entre eles a renda familiar de 1 a 10 salários mínimos.

Mas, segundo os manifestantes, seria levantado quem tinha mais necessidade de receber os imóveis. E, ainda de acordo com eles, isso não foi feito.

Por isso, as famílias fizeram um acampamento em frente a área do conjunto habitacional. Na segunda-feira (18) eles receberam um mandato de reintegração de posse para que eles saíssem do local que é uma área de preservação ambiental em 48 horas. O prazo vence na quarta-feira (20) e eles se comprometeram com o prefeito que vão sair. O prefeito recebeu uma comissão desses moradores e disse que vai analisar se é possível doar uma área para esses moradores.

Em relação aos critérios de atendimento para o Conjunto Cândido Mota E, no bairro da Laje, a CDHU informou, em nota, que 12 famílias foram excluídas por constarem em cadastros que indicam que elas possuiam outros imóveis, o que não é permitido segundo os critérios dos sorteios das moradias da companhia, que estão previstos em edital.

A CDHU informou ainda que checou todas as denúncias recebidas por pessoas do município. Os interessados em fazer novas denúncias devem entrar em contato com a Ouvidoria da empresa e informar dados que possibilitem a verificação.