Prefeito de Marília volta atrás e decide seguir quarentena do estado até 7 de abril

O prefeito de Marília (SP), Daniel Alonso, voltou atrás da decisão de reabrir o comércio da cidade a partir de quarta-feira (1º) e resolveu seguir o período de quarentena decretado pelo governo do estado. Com isso, o comércio local permanece fechado até o dia 7 de abril.

A decisão do prefeito foi tomada em uma reunião com o comitê gestor de combate ao coronavírus de Marília na manhã desta segunda-feira (30). No auditório do gabinete, estavam presentes representantes da saúde, presidente da Câmara, presidente da Acim, PM, Procon e entidades religiosas.

De acordo com o prefeito, a quarentena de Marília terminaria no dia 1º porque começou mais cedo do que a quarentena estadual.

“Em nenhum momento tivemos a intenção de furar ou relaxar o decreto do estado de SP. O que acontece é que a nossa quarentena vence essa semana, porque iniciamos antes do estado. Por isso nós fizemos o planejamento de volta gradual das atividades da cidade”, explica o prefeito.

A partir de agora, o prefeito informou que vai seguir os decretos do estado e as orientações do Ministério da Saúde, mesmo se a quarentena for prorrogada. “Estamos juntos, alinhados”, afirmou.

Alonso também explicou que os comerciantes de Marília vão precisar utilizar a criatividade para permanecerem com os serviços, mas através de sistemas drive-thru e delivery, com as portas fechadas.

A possível reabertura do comércio tinha gerado uma repercussão negativa no final de semana. No entanto, a prefeitura afirma que nada tinha sido oficialmente decidido ou decretado pelo chefe do Executivo.

No domingo (29), a Defensoria Pública do Estado de SP publicou um ofício defendendo a manutenção da quarentena. Segundo o documento, o comércio de Marília e atividades não essenciais deveriam permanecer fechadas, seguindo a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e o decreto do governo estadual. (Confira na reportagem abaixo).

A Famema também recomendou o isolamento social, pensando na possível falta de leitos no sistema de saúde do município. A Organização dos Advogados do Brasil (OAB) de Marília também pediu a manutenção da quarentena. Fonte G1