Prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo decide exonerar Sueli Feitosa
A ex-tesoureira da prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), Sueli Feitosa, que também é servidora municipal concursada, teve sua exoneração assinada na manhã desta sexta-feira (21) pelo prefeito Otacílio Parras Assis. Sueli é acusada de ter feito um desvio milionário dos cofres da administração municipal.
O ato do prefeito, que chegou a anunciar cortes de despesas por conta do desvio milionário, aconteceu após a comissão responsável pela avaliação do processo administrativo contra a ex-tesoureira ter concluído seus trabalhos, encaminhando à Secretaria da Administração parecer favorável à exoneração a bem do serviço público.
A decisão de exonerar Sueli Feitosa foi tomada sete meses depois que foram descobertos os desvios de dinheiro na prefeitura, e quatro meses após a instauração do processo que teve como base uma sindicância que apontou Sueli como responsável pelo desfalque.
Antes da decisão desta sexta, em dezembro de 2016, Sueli já havia sido exonerada do cargo comissionado de diretora da tesouraria. Agora, pode perder o cargo concursado de oficial administrativo. Para o prefeito, o prazo de quatro meses foi adequado para a conclusão do processo administrativo.
“Quatro meses é o tempo de transcurso de todos os prazos legais para se fazer um processo de acordo com a lei, para que não se abra espaço a uma nulidade e ela pudesse voltar ao trabalho. Apesar de ainda caber recurso, foi a decisão esperada do ponto de vista administrativo, já que ela confessou que fez os desvios. Já as consequências nas esferas criminal e civil ficam a cargo da Justiça, e não da prefeitura”, disse o prefeito.
O advogado de Sueli Feitosa, Luís Henrique Mitsunaga, informou que vai recorrer da decisão – o prazo para apresentação do recurso é de 15 dias. Na última quarta-feira, a ex-tesoureira entrou com pedido junto à prefeitura exigido pagamento de direitos trabalhistas (férias e licença prêmio) pelo fato de ser servidora concursada.
Sueli Feitosa foi afastada de seu cargo na prefeitura por causa da acusação de desviar R$ 7 milhões dos cofres públicos. Segundo o processo, Sueli confessou ao Ministério Público que desviou dinheiro quando trabalhava na tesouraria da prefeitura.
Ela foi indiciada por peculato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica falsificação de documento público e associação criminosa. Chegou a ser presa por cinco meses, mas deixou a penitenciária no fim de junho após conseguir um habeas corpus. Agora, aguarda em liberdade a conclusão do inquérito, mas segue sem receber salários da prefeitura. Fonte: G1