Preocupação com economia da China derruba mercados
Crescentes preocupações com a economia chinesa derrubaram nesta sexta-feira (21) os mercados internacionais. Índices como o S&P 500, em Wall Street, e o FTSEurofirst 300, na Europa, registraram a maior queda diária desde 2011.
A surpreendente desvalorização do iuan na semana passada e a sucessão de quedas nas bolsas chinesa vêm elevando os temores sobre a economia da China, levando os mercados financeiros a derraparem.
Nesta sexta-feira, a divulgação pelo grupo de imprensa Caixin sobre o índice PMI, referência sobre a atividade manufatureira da China, aumentou a desconfiança geral. O índice PMI provisório de gerentes de compras, calculado pela empresa Markit, ficou em 47,1 em agosto, contra 47,8 em julho. Este é o menor nível em mais de seis anos.
A Bolsa de Xangai encerrou a sessão em baixa de 4,27%, acumulando perdas de 11,5% na semana, provocando reflexos em todos os mercados.
Veja abaixo como foi o fechamento dos mercados nesta sexta:
BRASIL | EUA | EUROPA | ÁSIA | PETRÓLEO |
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Bovespa caiu 1,99%, a 45.719 pontos – menor patamar de fechamento desde março de 2014. Na semana, a bolsa caiu 3,77%. | Bolsas tiveram a pior semana desde 2011. O índice Dow Jones caiu 3,12%, S&P 500 recuou 3,18%, Nasdaq caiu 3,52% | O índice que reúne as principais ações do continente teve a pior queda diária e a pior semana desde 2011. O FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, recuou 3,4%, a 1.427 pontos | A Bolsa de Xangai caiu 4,27% e teve perda de 11,5% na semana. A Bolsa de Shenzhen,2ª mais importante do país, fechou em queda expressiva de 5,39% | Os preços do petróleo nos EUA caíram abaixo de US$ 40 o barril pela 1ª vez desde 2009 e fecharam em queda de 2%. Brent (referência internacional) teve queda de 2,5%, a US$ 45,46
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Bolsas nos EUA e na Europa
As bolsas dos EUA fecharam em queda de mais de 3% nesta sexta, com o índice S&P 500 sofrendo sua maior queda percentual diária em quase quatro anos, diante dos receios de uma desaceleração global liderada pela China.
As perdas levaram os principais indices de referência de Wall Street a registrar a pior semana em quatro anos, segundo a imprensa dos Estados Unidos.
O índice Dow Jones caiu 3,12%, para 16.459.88 unidades, nivel mais baixo do ano.
Já o índice S&P 500 recuou 3,18%, a 1.971.03, na maior perda diária desde novembro de 2011.
O termômetro tecnológico Nasdaq caiu 3,52%, para 4.706.04.
O FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações da Europa recuou 3,4%, a 1.427 pontos, na pior queda em quase 4 anos.
O índice acionário de referência para mercados emergentes MSCI recuou mais de 2%.
Brasil e emergentes
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 1,99%, a 45.719 pontos, no menor patamar de fechamento desde março de 2014. Na semana, a bolsa caiu 3,77%.
No mês e no ano, há desvalorização acumulada de 10,12% e 8,57%, respectivamente.
Já o dólar encerrou a semana vendido a R$ 3,496, em alta de 1,05% frente ao real
Na semana, o dólar subiu 0,37%. No mês, a valorização acumulada é de 2,08%
Com a desvalorização acentuada das moedas do mundo emergente, inclusive do real, cresce otemor de que esses mercados – até então puxadores do crescimento da economia global – mergulhem em uma nova crise. Na visão de alguns analistas, o paralelo mais recente seria a crise asiática de 1997-1998, quando a maior parte da Ásia mergulhou em uma profunda turbulência financeira.
Queda do preço do petróleo
Os preços do petróleo nos Estados Unidos foram negociados abaixo de US$ 40 o barril pela primeira vez desde a crise financeira de 2009 e fecharam em queda de 2%.
Os contratos futuros de petróleo nos EUA para outubro encerraram em baixa de 0,87 dólar, ou 2,1%, a US$ 40,45 por barril, tendo tocado a nova mínima de seis anos e meio a US$ 9,86 por barril.
O petróleo tipo Brent (referência internacional) teve queda de 1,16 dólar, ou 2,5%, a US$ 45,46 por barril, após atingir mínima de US$ 45,07 por barril e ameaçar quebrar a barreira de US$ 45 pela primeira vez desde março de 2009. Fonte: G1