Procura por curso de Libras aumenta e alunos aguardam na fila de espera em Ourinhos

O interesse pelo aprendizado da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), que permite a comunicação com pessoas portadoras de deficiência auditiva, aumentou nos últimos meses. Prova disso foi que um curso oferecido em Ourinhos (SP) teve todas as suas vagas esgotadas duas horas após a abertura das inscrições.

A procura foi tanta que há uma fila de espera de 200 pessoas interessadas em aprender a “falar com as mãos”.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 9,7 milhões de pessoas no Brasil são surdas ou têm algum grau de deficiência auditiva. Por isso, explica a professora voluntária do curso de Libras de Ourinhos, Edna dos Santos Menezes, a comunicação em Libras vem gerando tanto interesse.

Curso de Libras em Ourinhos tem 200 candidatos na fila de espera

Curso de Libras em Ourinhos tem 200 candidatos na fila de espera

A estudante Catarina Santana Lirio é uma das alunas do curso de Libras e treina na sala de casa tudo o que aprende nas aulas ministradas na Biblioteca Municipal da cidade. Ela destaca que seu interesse surgiu pela necessidade de se comunicar com os deficientes auditivos.

“Eu trabalhava em comércio, era vendedora, e certa vez chegou uma moça com a filha e as duas se comunicavam entre elas em sinais. Daí pensei o quanto era complicado atender uma pessoa que você não sabe o que ela quer dizer”, explica a estudante.

A professora Edna acredita que o discurso em Libras da primeira-dama Michele Bolsonaro no Planalto, no dia da posse do presidente, contribuiu para o aumento da procura pela técnica.

A procura pelo curso de Libras foi tão grande que as vagas se esgotaram duas horas depois que as inscrições foram abertas para as duas turmas de 20 alunos cada uma. O curso tem duração de dois meses e o aluno sai com autonomia para conversar através de sinais.

Catarina Santana Lirio sentiu a necessidade de se comunicar com pessoas com deficiência auditiva quando era vendedora — Foto: TV TEM/Reprodução

Catarina Santana Lirio sentiu a necessidade de se comunicar com pessoas com deficiência auditiva quando era vendedora — Foto: TV TEM/Reprodução