Produção de milho safrinha cai na região do Vale do Paranapanema
O produtor Marcos Antonio plantou 210 hectares de milho em Cândido Mota (SP). Ele esperava uma boa colheita, mas o clima atrapalhou tudo. O agricultor conseguiu uma produção 20 por cento menor em relação à safra do ano passado.
O produtor diz que houve muita chuva no começo, depois faltou água, fez muito calor em abril e, logo em seguida, a lavoura foi atingida pela geada.
O clima também prejudicou a plantação de 150 hectares de Jorge Alves. O agricultor colheu 60% a menos do que em 2015. Ele fala que o custo subiu e o que vai receber será suficiente apenas para pagar as dívidas.
Clóvis Passareli diz que a fazenda foi atingida pela pior geada dos últimos 40 anos. Os pés de milho ainda estavam muito novos e tudo o que foi plantado em 240 hectares foi perdido. O prejuízo passa de R$ 200 mil.
De Acordo com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), os municípios da Região do Vale do Paranapanema produziram na safra passada cerca de 1 milhão de toneladas de milho safrinha. É quase 40% de todo o milho safrinha do Estado de São Paulo. Mas nesse ano, a produção não alcançou nem a metade desse volume. Foram colhidas apenas 400 mil toneladas.
E nesta época, com a saída do milho, é hora de preparar o solo para a soja. Mas os agricultores precisam esperar o final do período chamada de vazio sanitário. As propriedades não podem ter as plantas nas áreas que serão cultivadas. A semeadura só pode ser feita depois do dia 15 de setembro.
Luiz Henrique Vasques está na torcida para que o clima ajude. O plantio deve começar no final do mês pra colher em fevereiro do ano que vem. Ele vai usar 3 variedades de sementes. Como cada uma tem um ciclo diferente, ele consegue fazer a colheita em datas diferentes e se proteger um pouco, caso uma delas apresente uma produtividade inferior.
Todo a região conhecida como Médio Paranapanema deve produzir nesta safra mais de 380 mil toneladas de soja, segundo a Cati, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral de São Paulo. Fonte G1
