Professora da Unesp de Botucatu é detida em ônibus que retornava de atos terroristas em Brasília

Uma professora universitária do campus da Unesp de Botucatu (SP) foi detida, na manhã desta segunda-feira (9), em um ônibus que retornava dos atos terroristas praticados por bolsonaristas no último domingo (8), em Brasília (DF).

Em nota, o Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (IBB) “repudiou, com indignação, os atos de covardia e violência praticados em Brasília contra o patrimônio público”.

Sandra de Moraes Gimenes Bosco, docente no Instituto de Biociências de Botucatu, estava no veículo com outros 44 bolsonaristas radicais, no quilômetro 35 da Rodovia BR-153, em Onda Verde (SP), quando foi parada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Segundo a corporação, os passageiros do veículo possuíam marcas de balas de borracha nas pernas e confessaram que participaram da invasão ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).

Com placas de Botucatu, o ônibus foi apreendido e encaminhado para a delegacia da Polícia Federal de São José do Rio Preto (SP), bem como os passageiros.

Ainda segundo a Polícia Rodoviária Federal, todos os passageiros foram ouvidos, qualificados e liberados.

Poucos dias antes dos ataques golpistas à sede dos poderes, a professora universitária teria compartilhado nas redes sociais um folder chamando apoiadores bolsonaristas para participarem do ato em Brasília.

Ônibus usado para levar bolsonaristas radicais a Brasília; veículo foi apreendido em Onda Verde — Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação

Ônibus usado para levar bolsonaristas radicais a Brasília;

veículo foi apreendido em Onda Verde —

Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação

No comunicado, consta que o ônibus sairia do Largo da Catedral, na última sexta-feira (6), com destino à capital federal. Ainda segundo o banner, o deslocamento, intitulado “Caravana Brasília”, seria gratuito para os participantes.

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Convite para 'Caravana para Brasília', de Botucatu (SP), foi compartilhado dias antes dos atos golpistas em Brasília — Foto: Reprodução/Facebook

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— Foto: Reprodução/Facebook

O que diz a Unesp

A Unesp afirmou que “a democracia foi atacada juntamente com o povo brasileiro de bem” e que “o IBB não compartilha do posicionamento e atitudes de servidores públicos envolvidos em atos antidemocráticos”.

O comunicado da instituição, por fim, afirmou que a Unesp Botucatu “não vai tolerar esse tipo de postura” e encaminhará “denúncia às instâncias competentes”, incluindo o “envio dos arquivos presentes nas mídias sociais ao Ministério da Justiça pelo e-mail” e a “apresentação de uma denúncia ao Ministério Público na tarde desta segunda-feira”.

A instituição ainda pontua que, “após o recebimento de denúncias via Ouvidoria da Unesp e parecer da Comissão de Ética da Universidade, abriu um processo administrativo” para apurar a participação de servidores no ato golpista.

Unesp de Botucatu (SP) afirmou que tomará medidas contra servidores que tenham participado dos atos golpistas — Foto: Reprodução/IBB

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contra servidores que tenham participado dos atos golpistas

— Foto: Reprodução/IBB

Fonte G1