Professora de Assis faz tutoriais de maquiagem na internet em libras
Uma professora de Assis (SP) criou um canal de vídeos na internet para ensinar a fazer maquiagem usando libras, a linguagem de sinais, voltado a pessoas com deficiência auditiva. Natália Marcão Domingues começou a fazer os vídeos há dois meses e já teve mais de 500 visualizações. “Quando eu comecei, o primeiro foi uma experiência para saber o que ia dar. Ai a partir do primeiro que eu pude perceber, com comentários de amigos pra melhorar aqui, ali”, lembra.
Natália é maquiadora e formada em letras. Ela grava tudo com o celular e em vez de narrar o passo a passo da maquiagem, ela usa libras, a língua brasileira de sinais. “Tudo começou quando eu tive contato com a libras. Eu conheci uma menina que era surda e ela começou a me ensinar E além de eu ter facilidade, eu gostava de me comunicar em libras. Quando eu vim pra Unesp fazer faculdade eu já sabia que queria letras por conta da libras. Eu queria dar aula de libras ou fazer alguma coisa voltada pra libras. O que eu percebi é que isso é muito precário, então percebi que a internet era uma porta pra eu ajudar.”
A auxiliar de escritório Natália Paiva Negrão nasceu com deficiência auditiva e entre um serviço e outro aprende um truque de maquiagem com o vídeo. Ela contou que achou muito legal, que ajuda muito, que nunca tinha visto um curso de maquiagem em libras.
A mãe da Natália, Denise Negrão, que encontrou os vídeos na internet e apresentou pra filha. “Eu acho que quanto mais informação eles tiverem, mais facilidade eles tiverem pra se comunicarem, pra interagirem nesse mundo de ouvintes, pra eles é muito bom. A auto estima deles melhora muito.”
A professora e a fã se conheceram pessoalmente e a auxiliar de escritório Natália ganhou até uma maquiagem profissional e aprendeu umas dicas agora de pertinho. Mais uma inspiração para professora Natália continuar o trabalho voluntário pela internet.
“Como é algo que eu gosto, por mais que eu não receba algo em troca, As pessoas vêm me procurar pra falar que é legal a ideia. Perguntam se precisa de ajuda, então isso é uma forma de pagamento pra mim”, conta. Fonte G1