Projeto-piloto implanta sistema de inteligência artificial para tratamento do coração em Tarumã
A cidade de Tarumã (SP) inaugura nesta sexta-feira (16) um projeto-piloto que oferece atendimento com inteligência artificial na área de cardiologia.
Segundo a prefeitura, é a primeira vez que esse tipo de procedimento chega ao Brasil de forma gratuita, e atenderá pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que o município já controla.
Uma empresa particular de São Paulo vai custear a instalação e todas as despesas por 90 dias. Após o período, a Secretaria Municipal de Saúde assume os custos da tecnologia implantada. Para o usuário, o custo continua sendo zero.
Mesmo recebendo repasse federal, atualmente, o município destina verbas para pagar atendimentos particulares em cidades da região para dar suporte aos pacientes que necessitam.
Desta forma, a prefeitura deve remanejar o investimento para atender o paciente dentro de Tarumã.
O Programa de Saúde Inteligente consiste em uma estratégia de telemedicina que integra os médicos dos postos de saúde de Tarumã com uma rede de 70 cardiologistas de hospitais e consultórios de São Paulo. Além disso, eles têm acesso a um banco de dados online em tempo real.
Dessa forma, no momento da realização do eletrocardiograma no paciente, o exame é enviado de forma automática ao sistema que conecta os médicos de Tarumã aos especialistas de São Paulo e detecta possíveis alterações no exame.
Dessa forma, no momento da realização do eletrocardiograma no paciente, o exame é enviado de forma automática ao sistema que conecta os médicos de Tarumã aos especialistas de São Paulo e detecta possíveis alterações no exame.
Assim, o paciente que chegar ao atendimento de emergência do SUS na cidade de Tarumã a partir das 17h de sexta-feira com suspeita ou sofrendo um infarto, receberá esse atendimento novo e especializado. O procedimento está disponível na UBS de Tarumã e na Estratégia de Saúde da Família, a ESF.
Conexão SP
A iniciativa é de uma empresa da capital, que vai financiar toda a instalação e disponibilizar o cadastro com os médicos cardiologistas da capital.
A ideia do projeto piloto é verificar como o tratamento vai funcionar em Tarumã para, depois, expandi-lo para outras cidades do interior.
Este tipo de tecnologia já funciona em diversos países. No Brasil, também já foi implantado na rede privada.
Segundo a Prefeitura Municipal de Tarumã, o uso da telemedicina reduziu de 8% para 3% a mortalidade na rede privada, enquanto, na rede pública, 23% ainda morrem por infarto agudo do miocárdio. Fonte G1