Projeto que acolhe venezuelanos chega em Assis
O projeto de interiorização criado pelo governo federal para acolher venezuelanos chegou à região do Centro-Oeste Paulista. A ideia é ajudar os imigrantes a se instalarem em diferentes estados brasileiros, através de parcerias locais com ONGs e instituições. Em Assis (SP), uma universidade já recebeu a primeira família.
Nos últimos dois anos, estima-se que 260 mil venezuelanos vieram para o Brasil, e o projeto de interiorização já atende a 15 mil desses refugiados em vários estados do país.
Segundo Érika Maldonado, diretora de uma faculdade que apoia o projeto, a universidade faz um trabalho com a comunidade local para acolher os venezuelanos.
“Eles fazem doações, montam a casa, colocam comida, produtos de limpeza, remédios, tudo o que a família precisar por dois meses”, explica.
A família Colorado é a primeira a vir, através do projeto, para o Centro-Oeste Paulista. O pai, a mãe e os filhos não suportaram as condições de vida precárias da Venezuela e se mudaram para Roraima há quase dois anos, fugindo da crise.
Segundo a Beatriz Colorado, mãe da família, a principal motivação para sair do país foi a preocupação com as crianças. Ela se emociona ao contar que, se adoecessem, teriam dificuldades para encontrar medicamentos.
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Faculdade contribui para a manutenção da família venezuelana em Assis — Foto: Reprodução/TV TEM
Com o projeto de interiorização, a família vai morar em uma casa adaptada dentro do campus da universidade que os acolheu e Ernan Colorado, o pai da família, vai trabalhar como auxiliar de manutenção.
O diretor desta universidade, Heber Ricardo da Silva, revelou que o projeto está mobilizando toda a cidade de Assis. “Todos passaram, de alguma forma, a contribuir com a manutenção dessa família aqui”, comenta.
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Filha de casal venezuelano se encanta com a beleza do interior paulista — Foto: Reprodução/TV TEM
Todo esse cuidado com a família e a beleza do interior paulista estão agradando a família venezuelana. A filha mais velha do casal, Antonela Colorado, de 9 anos, garante que as pessoas são bastante receptivas e que “aqui é mais bonito que em Roraima”.