Rebelião que matou agente na Fundação Casa começou em culto

 

A rebelião que matou um agente socioeducativo na Fundação Casa de Marília (SP) começou durante um culto religioso que era realizado na unidade. Segundo a polícia, na noite de terça-feira (4) voluntários de uma igreja estavam no prédio da instituição quando os menores se rebelaram e fizeram três deles reféns. Também foram reféns outros cinco funcionários do local – um deles foi morto após ser violentamente agredido com um cabo de vassoura.

“A fuga foi justamente no momento em que eles dominaram os funcionários e também um grupo religioso que fazia um trabalho dentro do estabelecimento. Neste momento eles acabaram pulando os muros e não havia a presença da polícia aqui”, diz o policial militar Marcelo Martins.

Durante a rebelião, 18 internos conseguiram fugir e não foram recapturados até a manhã desta quarta-feira.

Dois dos quatro adolescentes que teriam participado da morte do agente Francisco Calixto, de 51 anos, foram identificados e detidos. Eles foram levados à Central de Polícia Judiciária e aguardam a decisão de transferência de unidade.

“Infelizmente um funcionário foi morto com uma brutalidade terrível. As informações iniciais constam que, três menores o seguravam, um teria introduzido um cabo de vassoura em sua garganta, provocando a sua morte”, explica o delegado Valdir Tramontini. Outras duas pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para a Santa Casa do município.

A polícia deixou a sede da Fundação Casa durante a madrugada desta quarta-feira (5) e a segurança do local foi retomada por agentes socioeducativos. Na manhã de quarta-feira, Jadir de Borba, corregedor-geral da Fundação Casa de São Paulo esteve na instituição para apurar a rebelião.

Em nota, a Fundação Casa informou que “os jovens envolvidos na fuga que permaneceram no centro e os que forem recapturados passarão por uma Comissão de Avaliação Disciplinar (CAD), que vai determinar as possíveis sanções. O Judiciário e familiares dos jovens serão informados da ocorrência.”

A instituição informou ainda que vai prestar total apoio e solidariedade à famiília do agente morto durante a rebelião. Segundo a nota, a Corregedoria Geral da Fundação Casa vai instaurar sindicância para apurar as circunstâncias em que ocorreu a morte do servidor e a fuga dos 18 adolescentes. A Polícia Civil também vai investigar o assassinato. Fonte G1

Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência (Foto: Reprodução/TV TEM)Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência (Foto: Reprodução)