Registro da PM aponta que mulher de sargento suspeito de matar ex-judoca estava no local do crime
O G1 e a TV TEM tiveram acesso ao registro da Polícia Militar sobre as mortes dos policiais militares Mario Sabino Júnior, que era ex-judoca olímpico, e Agnaldo Rodrigues em Bauru (SP). Os corpos dos dois foram encontrados na noite de sexta-feira (25) em uma rua do Jardim Nicéia e, segundo o registro, a mulher de Agnaldo, a cabo da PM Aguida Barbosa, estava no local.
Segundo o documento, na chegada ao local, policiais que estavam fazendo o patrulhamento na área encontraram três veículos e um deles estava parado no meio da via, o que chamou a atenção da equipe. Ao se aproximarem, eles viram Aguida bastante nervosa falando no celular. Segundo o registro, ela estava em trajes civis e pedia socorro ao Samu.
Ao lado de um dos carros foi encontrado o corpo de Agnaldo Rodrigues, que era sargento e atuava no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). Cerca de 15 metros à frente estava o corpo do cabo da PM Mário Sabino Junior.
Ainda segundo a ocorrência da PM, foram apreendidas duas armas, um revólver calibre 38 de posse do sargento, que continha 5 munições, sendo que quatro foram deflagradas, e uma Taurus .40 de Mario Sabino, com 8 munições intactas.
O registro aponta ainda que a cabo Aguida não quis dar a sua versão dos fatos e que ela somente falaria para a Justiça Militar.
A Polícia Militar abriu um inquérito para apurar o caso, já que o crime envolve policiais militares. Não houve registro na Polícia Civil do caso, mas a perícia foi acionada e realizou os trabalhos no local do crime.
Segundo apurado pelo G1, Agnaldo teria se envolvido em uma briga com Sabino após ter visto Aguida, junto com o ex-atleta dentro de um veículo. Durante a discussão, Sabino foi baleado na nuca.
O major da PM Nilson César Pereira confirmou para a reportagem que a mulher do sargento foi ouvida pela Polícia Militar, que abriu inquérito para apurar o caso. Ela poderá ser investigada em relação ao crime, mas a PM não detalhou sobre ela estar no local.
“Ela foi ouvida e pode ser partícipe do caso. Além dela, vamos ouvir também os policiais que atenderam a ocorrência. Não podemos afirmar a motivação, mas tudo será apurado”, afirmou ao G1.
Corpo de Mário Sabino, ex-judoca olímpico, é enterrado em Bauru
Ainda de acordo com o major da PM Nilson César Pereira, como foi um crime tipicamente militar, a investigação será feita pela Polícia Judiciária Militar e apenas a Polícia Técnico Científica fará os laudos da perícia.
Sabino foi enterrado no cemitério do Jardim Redentor no sábado (26) com a presença de centenas de pessoas.
Familiares ficaram chocados com o crime e uma prima do ex-judoca conversou com a reportagem da TV TEM, em que disse que ele era como um herói para família. Sabino era policial militar desde 1999. Ele deixa esposa e quatro filhos.
O sargento Agnaldo foi velado e enterrado em Pirajuí também no sábado. A ocorrência da PM não explica como ele morreu. O sargento trabalhava há 30 anos na Polícia Militar e era casado há 29 anos com a cabo Aguida, que está na PM desde 1998. Os dois tem um filho de 22 anos. Fonte G1
Agnaldo Rodrigues foi achado morto ao lado do corpo de Mario Sabino — Foto: Reprodução/Facebook