Rodovia em Salto Grande é liberada após manifestação de caminhoneiros

A rodovia Raposo Tavares (SP-270) foi liberada por volta das 17 horas após mais de 150 caminhoneiros bloquearem parcialmente a rodovia na altura do quilômetro 383, em Salto Grande (SP), região de Ourinhos (SP), nesta terça-feira (10). Este foi o segundo dia que os caminhoneiros protestaram na rodovia. A Polícia Militar Rodoviária acompanhou toda a manifestação, que foi pacífica.
De acordo com a polícia, o protesto começou por volta das 8h30 e os veículos bloquearam as faixas da direita em ambos os sentidos, além dos acostamentos. Foram quase nove horas de protesto. A fila de caminhões chegou a 2,7 quilômetros no sentido interior-capital e 2,3 quilômetros no sentido contrário. Viaturas de emergência, ônibus e veículos de passeio puderam passar normalmente pela faixa da esquerda.
Os caminhoneiros pedem a saída do governo do Partido dos Trabalhadores (PT) e que os preços do combustível e dos pedágios sejam revistos. Policiais rodoviários orientaram o trânsito no local. Viaturas de inspeção e orientadores de tráfego da concessionária que administra a via também estiveram no local.

Manifestação nacional
O grupo de caminhoneiros foi convocado pelo Comando Nacional do Transporte. Os manifestantes são autônomos e se declaram independentes de sindicatos. Eles são contra o governo Dilma Rousseff pedem o aumento do valor do frete, reclamam da alta de impostos e da elevação nos preços de combustíveis, entre várias outras questões.
Em algumas regiões, como Minas Gerais, os manifestantes estacionam no acostamento ou no canto direito da pista, prejudicando o tráfego. No Paraná e em São Paulo, os caminhoneiros bloqueiam totalmente as vias. Já no Rio Grande do Sul, eles permitem a passagem de veículos leves e caminhões com cargas perecíveis. No RN, pneus foram queimados para interditar a rodovia.

O movimento não tem adesão total dos caminhoneiros. A Confederação Nacional dos Transportes Autônomos afirmou, em nota, que não concorda com a mobilização, já que a pauta não tem relação com os problemas específicos da categoria. A União Nacional dos Caminhoneiros também informou que discorda dos bloqueios.