São Paulo confirma mais uma morte por sarampo e número chega a 14 no estado em 2019

A Secretaria Estadual da Saúde confirmou nesta quarta-feira (6) mais uma morte por sarampo em São Paulo. No total, 13 pessoas já morreram no estado por complicações da doença em 2019. Não se morria de sarampo em São Paulo desde 1997.

A nova vítima é uma menina de 1 ano e 10 meses, da cidade de Limeira, no interior de São Paulo.

Bebês entre 6 meses e menores de 12 meses são considerados mais vulneráveis a casos graves e óbitos, e representa cerca de 15,3% do total de casos registrados em São Paulo. A vacinação para essa faixa etária continua sendo ofertada pelo estado de São Paulo.

Campanha de vacinação contra o sarampo — Foto: PMJ/Divulgação

Campanha de vacinação contra o sarampo — Foto: PMJ/Divulgação

56,2% DO TOTAL DE CASOS SE CONCENTRAM NA CAPITAL

A secretaria também divulgou o novo balanço de casos confirmados da doença no estado. Até o momento, há 8.516 confirmações laboratoriais. Após orientação do Ministério da Saúde, agora também são confirmados casos com base na avaliação clínica (sintomas e avaliação médica), somando outros 2.579 casos. No total, são 11.095 casos de sarampo confirmados neste ano no estado.

Cerca de 56,2% do total se concentra na capital (são 6.235,39‬‬, somando confirmações laboratoriais e clínicas).

CAMPANHA DE VACINAÇÃO

Entre 18 e 30 de novembro, acontecerá a segunda fase da campanha, focada em jovens de 20 a 29 anos. A primeira etapa aconteceu entre os dias 7 e 25 de outubro e imunizou cerca de 400 mil crianças.

Mesmo sem campanhas específicas, pessoas de todas as idades podem procurar as Unidades Básicas de Saúde para regularizar a carteirinha de vacinação gratuitamente. A secretaria afirma que apenas em quem tiver alguma pendência será vacinado (Veja abaixo quem deve se vacinar).

Também continuam sendo realizadas as ações de bloqueio. Quando há notificação de casos de sarampo, agentes de saúde vacinam, sem discriminação de idade ou situação vacinal, as pessoas que tiveram contato com a possível vítima da doença em locais como ambiente de trabalho e condomínio.

A recomendação para as mães de crianças com idade inferior a 6 meses – que não podem tomar a vacina – é evitar exposição a aglomerações, manter higienização adequada, ventilação de ambientes, e sobretudo que procurem imediatamente um serviço de saúde diante de qualquer sintoma da doença.

Os sintomas da doença podem ser: manchas vermelhas pelo corpo, febre, coriza, conjuntivite e manchas brancas na mucosa bucal.

QUEM DEVE SE VACINAR
Bebês de 6 meses a 1 ano incompletos devem tomar a “dose zero”, que é extra. Ao completar 12 meses, devem tomar normalmente uma dose da tríplice viral. Aos 15 meses, devem tomar uma dose da tetravalente.
Pessoas de 12 meses a 29 anos de idade devem ter duas doses da tríplice viral comprovadas. Se não está marcada na carteirinha ou não se lembra, deve procurar uma UBS e regularizar a situação;
Adultos de 30 a 59 anos devem ter pelo menos 1 dose da tríplice viral;
Adultos com mais de 60 anos não precisam se vacinar, por já terem tido contato com a doença no passado;
A vacina não é indicada para bebês menores de 6 meses, mulheres grávidas e pessoas com problemas na imunidade;