São Paulo registra 1º caso de sarampo com vírus contraído na própria cidade desde 2015
A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo confirmou o primeiro caso autóctone de sarampo na capital. O caso autóctone é quando a pessoa é contaminada na própria cidade. Desde de 2015 não era registrado um caso de contaminação de sarampo contraído na capital paulista.
A vítima é um professor universitário de 32 anos, morador da Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo. O homem estava internado no hospital Oswaldo Cruz e teve alta recentemente.
Segundo a Prefeitura, agentes municipais de saúde fizeram, na semana passada, bloqueios nos quarteirões do entorno da residência do professor, vacinando moradores e grupos de parentes, amigos, estudantes e pessoas mais próximas da vítima. A Secretaria de Saúde afirma que outros bloqueios estão sendo feitos.
Depois do sétimo caso registrado da doença, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, pediu ao Ministério da Saúde reforço na quantidade de vacinas. De acordo com a administração municipal, no dia 20 chegarão mais de 1 milhão e 750 mil doses. No total, serão 3,5 milhões de doses extras em São Paulo.
A Prefeitura pretende vacinar, até começo de julho, 1 milhão e meio de pessoas, especialmente jovens entre 15 e 29 anos, grupo que tem a menor cobertura até agora.
Outros seis casos foram registrados na capital, mas a doença foi contraída fora da cidade. As vítimas foram quatro pessoas da mesma família em Israel, um bebê em um navio em Malta e outro bebê na Noruega.
O que é sarampo
– Sarampo é uma doença causada por um vírus altamente contagioso, transmitido nas gotículas espalhadas por tosses, espirros ou por contato direto
– O vírus pode ficar no ar ou em superfícies por horas
– O sarampo normalmente começa com febre, mal-estar, irritação nos olhos e tosse, seguidos por um aumento na temperatura do corpo e manchas vermelhas na pele
– Em sua forma mais suave, o sarampo faz as crianças se sentirem muito mal, com recuperação em sete ou dez dias – mas é comum que haja complicações como infecções no ouvido, convulsões, diarreia, pneumonia e inflamação no cérebro
– A doença é mais grave nos muitos jovens, em adultos e em pessoas com problemas no sistema imunológico
Vacinação
A vacina que protege contra o sarampo, uma doença viral aguda, está disponível na rede municipal de saúde e deve ser aplicada em duas doses a partir de um ano de vida da criança. A Secretaria de Saúde ressalta a importância da vacinação.
A tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é fornecida ao município pelo Programa Nacional de Imunizações, por meio da Secretaria de Estado da Saúde.
As medidas de investigação e de vacinação seguem os seguintes protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde:
– Após a notificação é feita uma investigação do caso suspeito: busca dos dados clínicos e da investigação laboratorial junto aos serviços de atendimento
– Investigação epidemiológica: avaliação de deslocamentos do caso suspeito com intuito de desencadear medidas de prevenção
– Orientação de isolamento social do caso pelo período máximo de transmissão
– Vacinação seletiva; ou seja, vacinação dos não imunizados ou com esquema de vacinação incompleto para a idade após a avaliação do comprovante de vacinação das pessoas expostas em todos os locais frequentados pelo caso suspeito, tais como: residência, escola, unidade de saúde, meio de transporte utilizado em viagens no período de transmissão da doença, etc
– Acompanhamento de todos os expostos para detectar o aparecimento de novos casos. Fonte: G1