Secretaria Estadual do Meio Ambiente interdita aterro de entulho em Assis
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente interditou o aterro de inertes de Assis (SP), área onde é descartado entulhos de construção civil, após várias irregularidades encontradas nesta quinta-feira (30).
“Resíduos domiciliares, resíduos industriais, podas e galhos, ou seja, tudo o que não pode estar junto, está junto aqui. Local totalmente inadequado, com a disposição totalmente inadequada, poluindo o solo, o lençol freático. O transbordo à área vizinha totalmente irregular, então é uma dupla autuação”, explica o secretário estadual do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Além da área interditada, a Secretaria também fiscalizou o aterro sanitário ao lado e encontrou irregularidades. Segundo o secretário, o transbordo do lixo deverá estar regularizado até 15 de abril e a readequação do inerte, em 30 dias.
“Nós não temos onde colocar. Temos que colocar em uma carreta e levar para o local de destino. Se nós não conseguirmos a interdição com certeza irá ocorrer. Nós temos 104 mil habitantes que produzem 70 toneladas/dia e nós não temos local ou destino para isso”, diz o secretário de Obras de Assis, Clóvis Marcelino da Silva.
A atual administração alega que quando assumiu a prefeitura já havia 6 mil toneladas que deveriam ser levadas para Quatá. Além disso, todo mês a cidade produz 2 mil toneladas e o problema com a frota de caminhões tem atrasado o transbordo.
Em nota, o ex-prefeito de Assis, Ricardo Pinheiro Santana disse que a Cetesb interditou o aterro de inertes por considerar inadequada a operação que está sendo feita atualmente. Disse também que dizer que a interdição se deu porque a administração anterior deixou 6 toneladas de lixo sem transbordo mostra o desconhecimento da atual administração.
Em relação a área de transbordo, Ricardo Pinheiro disse ela foi construída na administração dele para atender a lei de política nacional de resíduos sólidos. Tudo dentro das normas ambientais aprovada e licenciada pela Cetesb e por isso operava normalmente até o fim do ano passado. Fonte G1