Sem registro de roubo há 5 anos, Borá investe R$ 9 mil em sistema de segurança
A segunda menor cidade do Brasil é também uma das menos violentas do país. Borá teve este ano uma única ocorrência registrada: uma lesão corporal. Em todo o ano passado, apenas um furto e há 5 anos, a polícia não registra um caso de roubo.
“É tranquilo até demais. Sossegado. Pode dormir na rua, não tem problema nenhum. Pode dormir de janela aberta, não tem essa de bandidagem não”, afirma o aposentado Walcir de Macedo, um dos 839 moradores de Borá.
“Nós contamos muito com o apoio da população, com informações e, exatamente por ser uma cidade pequena que nos auxiliam a manter a prevenção a delitos no município”, explica a sargento da PM, Adriane Meire.
E mesmo diante de tanta tranquilidade, a prefeitura gastou mais de R$ 9 mil na instalação de um sistema de segurança. As câmeras de monitoramento estão por todos os lados. Tem na escola, no posto de saúde, no prédio da prefeitura e também nas ruas. Elas foram instaladas nas quatro entradas da cidade e até na saída para uma estrada de terra.
Um investimento que até seria aceitável, se o sistema não ficasse desligado. Segundo os moradores, as câmeras estão desligadas há mais de um ano por falta de manutenção. Um desperdício de dinheiro público.
Os equipamentos foram adquiridos na última gestão, a um custo de R$ 6,5 mil. E para instalar 13 câmeras, a prefeitura gastou mais R$ 2,6 mil. As câmeras foram instaladas há quatros anos nos pontos considerados estratégicos da cidade, mas toda essa vigilância durou apenas um ano e meio. Porque o dinheiro da prefeitura para manutenção das câmeras chegou ao fim.
Segundo o ex-prefeito, Luis Carlos Rodrigues, alguns produtores rurais pediram que fossem instaladas as câmeras por causa dos roubos de gado nas propriedades. Com isso, ele achou que seria importante instalar também na cidade. Rodrigues afirmou que foram feitas algumas manutenções, mas devido à crise econômica do país eles deixaram de fazer o conserto nos aparelhos.
De acordo com o atual prefeito, Wilson Ferreira da Costa, ainda não há uma estimativa de quanto vai custar para religar as câmeras, mas a intenção é fazer isso até o fim do ano. “Como eu entrei em janeiro, peguei nessa posição, então não temos recursos ainda. Eu acho, no meu ver, no momento, desnecessário, mas a partir do momento que eu tiver um dinheiro que dá para gente fazer essa manutenção, minha intenção é reativá-la”, afirma Costa.
No comércio, problema mesmo só com os pequenos furtos. “Às vezes um material que está muito fácil, as vezes, um chaveiro, que está fácil, um sorvete, então ai já ocorreu esse tipo de coisa, mas é coisa assim, tranquila, que não dá tanto prejuízo”, conta a comerciante Lucia Helena Favato. Fonte G1