Senado retoma sessão para analisar afastamento da presidente Dilma
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), retomou às 14h30 a sessão que analisa o afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Renan já havia anunciado que a sessão ocorreria em blocos e que haveria intervalos. Na previsão inicial, os blocos seriam: das 9h às 12h, das 13h às 18h e das 19h até o fim. Antes de abrir os trabalhos, o senador afirmou que faria um esforço para concluir a votação até 22h, mas disse que não sabia se seria possível.
A sessão começou com atraso de 1 hora. Os discursos dos senadores que estavam inscritos para falar, 68 ao todo, começaram às 11h18, com a senadora Ana Amélia (PP-RS).
Dos 68 senadores inscritos para falar, 5 já discursaram. Cada um terá direito a 15 minutos.
Os discursos não começaram logo no início da sessão porque líderes governistas e de oposição opinaram sobre o processo de impeachment. Governistas já admitem que Dilma deverá ser afastada e afirmam que um governo de Michel Temer não terá legitimidade.
O senador Jorge Viana (PT-AC) defendeu novas eleições, caso a presidente seja afastada em definitivo. “Hoje o Senado deve escrever uma das páginas mais tristes da história da nação. Vai assinar em baixo, vai ser avalista do senhor Eduardo Cunha. Vamos ter um governo ilegítimo. Se a crise é tão grande como se diz, se temos um país ingovernável, temos que buscar na soberania do voto a legitimidade”, disse.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) destacou que o afastamento de Dilma é “apenas” uma “batalha” e disse que o PT vai lutar para evitar que ela seja condenada ao final do processo. “Hoje é uma batalha. A guerra mesmo vai ser definida daqui a seis meses, no julgamento final do processo de impeachment. Estão dando um golpe, mas o povo, através da sua mobilização, pode evitar”, afirmou.
Já o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que presidiu a comissão especial do impeachment, avaliou que a crise política e econômica do país só vai começar a diminuir se o vice-presidente Michel Temer assumir o lugar de Dilma. “Estamos vivendo um momento de crise que só vai começar a se resolver com a posse do vice. Haverá hoje maioria para o impeachment”, disse.
Na mesma linha, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) afirmou que está comprovado o cometimento de crime de responsabilidade pela presidente Dilma. “Vamos mostrar a radiografia do Brasil hoje. Milhares de desempregados, empresas fechando e redução de incentivos sociais”, disse. Fonte G1