Sindicato dos Bancários participa de Dia de Luta contra o desmonte trabalhista
Em protesto, as agências bancárias de Assis abrirão com uma hora de atraso nesta sexta-feira
As mudanças previstas na reforma trabalhista passarão a valer a partir deste sábado, 11 de novembro. Protestos e paralisações serão deflagrados pelas centrais sindicais do país nesta sexta-feira, dia 10, em reação contrária à lei 13.467, que anulará uma série de direitos assegurados na atual Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Em Assis, o Sindicato dos Bancários vai liderar uma mobilização entre os trabalhadores. As agências bancárias devem atrasar em uma hora a abertura ao público.
Ao contrário do que prega o Governo Federal, de que essa reforma promoverá o aquecimento da economia no país e a retomada de empregos, para o Sindicato, a nova legislação irá alterar profundamente as relações de trabalho, abrindo possibilidade para aumento da jornada, e a redução de salários. Também possibilitará o trabalho intermitente, por meio do qual serão pagas somente horas efetivamente trabalhadas, independentemente do tempo à disposição, com reflexo negativo no 13º, férias e fundo de garantia.
A lei enfraquecerá o poder de negociação dos trabalhadores. Antes, os acordos e convenções coletivas só valeriam mais do que a lei se fossem melhores para o trabalhador. Direitos poderão ser rebaixados em diversos pontos como aumento da jornada de trabalho, redução do horário de almoço, Participação nos Lucros e Resultados, remuneração por produtividade e desempenho. “É um verdadeiro retrocesso a todos! A perda dos direitos conquistados ao longo dos anos faz com que não haja mais ganho real ao trabalhador, só beneficia o empregador. E, não havendo distribuição de renda, não existirá crescimento econômico. Assim, haverá uma drástica redução da empregabilidade. Portanto, esse argumento não justifica toda essa reforma feita em apenas 90 dias, sem nenhuma discussão com a classe trabalhadora e com a própria Justiça do Trabalho”, ressalta o presidente Helio Paiva Matos.
Os atos têm como foco a agenda de retirada de direitos promovida pelo governo de Michel Temer. As mobilizações também são contra a ameaça de alteração na Previdência Social e a Terceirização. A Central Única dos Trabalhadores iniciou em setembro uma campanha pela revogação da reforma trabalhista. A intenção é coletar 1,3 milhão de assinaturas para dar entrada no Congresso Nacional com um Projeto de Lei de Iniciativa Popular de revogação da reforma. O Sindicato dos Bancários de Assis fez a coleta de assinaturas com todos os segmentos da classe trabalhadora.
Ello Assessoria de Imprensa