Sindicato inicia mobilização contra ‘desmonte’ do Banco do Brasil

Como era de se esperar, o Sindicato dos Bancários de Assis e Região, reagiu às declarações do Ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o futuro do Banco do Brasil: “Tem que vender essa p… logo”, teria declarado o mentor econômico do presidente Jair Bolsonaro, durante reunião ministerial.

O ministro tem criticado, publicamente, a dificuldade para definir políticas na instituição, que tem capital misto. “Banco é caso pronto de privatização”, declarou Guedes.

Nos últimos dias, a direção do Banco do Brasil divulgou que pode fechar centenas de agências de pelo país e que deverá abrir um Plano de Demissão Voluntária capaz de gerar milhares de desligamentos.

Nesta sexta-feira, dia 15 de janeiro, a direção do Sindicato dos Bancários de Assis, iniciou a distribuição de uma carta aberta à população para denunciar o ‘desmonte’ do Banco do Brasil. Acompanhe:

“O ano de 2021 começou com o anúncio da direção do Banco do Brasil de um plano de reestruturação que prevê o fechamento de agências e outras unidades, além de um Plano de Demissões Voluntários (PDV) que tem por meta dispensar 5 mil trabalhadores do banco, entre outras medidas que prejudicam os funcionários e o atendimento ao público.
A direção do Banco do Brasil quer fazer mudanças em 870 pontos de atendimento por meio do fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios. Serão centenas de agências fechadas, muitas delas em cidades do interior do país que não dispõem de outras instituições bancárias. Outro ponto do plano é a meta de dispensar 5 mil funcionários, agravando ainda mais o atendimento à população.
Lembramos que essas medidas são anunciadas em meio a uma pandemia que cresce a cada dia, na qual o desemprego é uma crueldade que atingirá milhares de bancários e outros trabalhadores que prestam serviços nas agências e outras unidades do banco.
O que está por trás dessas medidas é o desmonte do Banco do Brasil, um banco público que tem um papel histórico no desenvolvimento econômico do país. O Banco do Brasil e seus funcionários atuaram na linha de frente no atendimento à população durante a pandemia, com todas as dificuldades que a falta de estrutura da instituição trouxe para nosso trabalho. A população será prejudicada de diversas formas com essa reestruturação. Uma delas é a redução dos caixas executivos, que vai afetar diretamente o serviço de atendimento ao público.
O Banco do Brasil é um banco público ameaçado por um governo que leva o país a uma situação desesperadora. É parte dos serviços públicos que prestam serviços essenciais à população, como o Sistema Único de Saúde (SUS) e o ensino público e gratuito do nível básico ao superior. É o serviço público que atende à população mais carente e que está ameaçado pelo atual governo.
Os funcionários do Banco do Brasil não vão aceitar essa arbitrariedade da direção do banco. Estão dispostos a iniciar um calendário de lutas que não descarta a greve como ferramenta para barrar esse ataque ao BB. Convocamos a população a protestar contra essa reestruturação do Banco do Brasil, que aumenta o desemprego e piora o atendimento, uma reestruturação que faz parte de um plano maior de desmonte geral do serviço público no Brasil”. Fonte: Jornal da Segunda