Tempo seco e perigo de incêndios preocupam grupo de combate à incêndios criminosos

 

Com o período de estiagem representantes do Grupo de Combate a Incêndios Criminosos se reuniram no último dia 26, na sede do Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema – CIVAP para tratar das ações de combate e prevenção aos incêndios em canaviais.

Participaram da reunião representantes da Polícia Militar Rodoviária, Polícia Militar Ambiental,  Polícia Militar, ASSOCANA, Empresa Nova América Agrícola e Agroterenas Agrícola.

Um dos assuntos principais da reunião foi o problema enfrentado pelas empresas do setor sucroalcooleiro, que com o período de estiagem tem aumentada a ameaça de focos de incêndios, provocados por terceiros, contra a vontade das empresas, e que acabam promovendo a perda de produção, além dos riscos gerados aos colaboradores que fazem o combate ao incêndio, aos que trabalham em áreas próximas, a população que circunda as áreas de plantio de cana-de-açúcar, as áreas de cultivos de outras culturas ao redor, e até mesmo daqueles que trafegam por rodovias no entorno.

Segundo dados apresentados durante a reunião, somente nas áreas da Nova América, em 2016, foram registrados 22 focos. As áreas de maior ocorrência são próximas as cidades de Cândido Mota, Florínea, e Distrito de Frutal do Campo, pertencente à Cândido Mota.

Com o objetivo de promover ações de combate e prevenção, os representantes discutiram sobre o auxílio da Polícia Militar na contingência de suspeitos que possam ser vistos próximos as áreas de início de propagação do incêndio; também foi citado o sistema que atende pelo nome de “RADAR” onde câmeras instaladas por todas as rodovias do estado, fotografam todos os carros que por ali trafegam, formando um banco de dados com imagens, horários e localização que determinados veículos passam, por este motivo a importância da obtenção da placa do veículo por completo.

A manutenção das margens das rodovias controladas pelo Departamento de Estadas de Rodagem – DER, também foi tratada na reunião como uma condição que pode colaborar na prevenção de incêndios, visto que áreas sem manutenção e com grandes quantidades de capim seco acumulada, significam alto risco de propagação de incêndio e um campo propício para o início de focos em beira de rodovias, que podem passar para as áreas produtivas em decorrência da estiagem e da presença da palha da cana. Outra preocupação tratada na reunião foi quanto as Áreas de Preservação Permanente, que acabam sendo atingidas pelos incêndios.

Entre os destaques da reunião esteve a informação prestada pelo Cap. Campos, que contou que o 32° BPM/I está importando do 18° BPM/I do Município de Presidente Prudente um Software que poderá também ser utilizado posteriormente no sentido do combate de incêndios, onde em casos de ocorrências, todos os entes envolvidos são notificados e dão pareceres sobre ações tomadas para cada ocorrência, no caso dos incêndios, os envolvidos poderiam ser, Usinas de cana-de-açúcar, Polícia Militar Ambiental, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Ministério Público, entre outros, fechando desta forma uma rede de informações. Cap. Campos ainda falou que a USP de Pirassununga tem foco em estudos na área agrícola, e está desenvolvendo a tecnologia de monitoramento por meio de VANTs e DRONEs de áreas rurais, informando que a USP realiza parceria com empresas com tecnologias com baixo custo. Ainda citou sobre a dificuldade na regularização destas aeronaves junto a Agência Nacional de Aviação Civil ANAC.

Ainda foram debatidas outras ações de combate aos incêndios, como a cooperação entre órgãos públicos e privados (PPPs), campanhas para a conscientização da população, com a intensificação dos trabalhos de combate a incêndio antes e durante o período de maior ocorrência, compreendido entre os meses de junho a setembro.

Vale ressaltar que incêndios provocados sem a autorização é crime passível de autuação e detenção de 3 (três) a 6 (seis) anos, de acordo com o Artigo 250 do Código Penal.

Para saber mais sobre o CIVAP e seu projetos acesse www.civap.com.br .

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