Testes do laboratório da FEMA revelam níveis alarmantes de contaminação em lagos de Assis

As águas coletadas são do Parque das Águas e Parque das Águas Colinas.

Testes do laboratório da FEMA revelam níveis alarmantes de contaminação em lagos de Assis

O advogado assisense Karol Tedesque tomou a iniciativa de solicitar análises das águas dos lagos do Parque das Águas e do Parque das Águas Colina/Eldorado, em Assis, após receber denúncias preocupantes sobre problemas de saúde supostamente relacionados à contaminação das águas do segundo lago, onde é permitido o nado. Os resultados, divulgados nesta segunda-feira (30), revelam níveis alarmantes de coliformes, levantando sérias preocupações quanto à segurança pública.

O primeiro lago, conhecido anteriormente como “Água da Porca”, foi inaugurado no início deste ano, com foco na pesca. Já o segundo lago, oferecido recentemente à população para recreação, tem sido amplamente utilizado por crianças e adultos para banho, atraindo uma grande quantidade de pessoas de todas as idades.

A decisão de Tedesque foi motivada pela denúncia de um pastor e líder comunitário do Parque Colinas, que relatou diversos casos de crianças com problemas de pele e outras complicações de saúde após nadarem no Parque das Águas Colinas. Sensibilizado com a situação, o advogado financiou dois testes de qualidade da água, um no Parque das Águas I, ao lado da Rodoviária, e outro no Parque das Águas II, no Colinas. Os testes foram realizados pelo CEPECI – Centro de Pesquisa em Ciências da FEMA, no dia 23 de setembro de 2024, e os resultados, divulgados ontem, indicaram níveis de contaminação extremamente elevados.

Conforme a resolução CONAMA 274/2000, que regula a balneabilidade, o limite máximo de coliformes tolerável para áreas recreativas é de 1.000 por 100 ml de água. No entanto, o exame do Parque das Águas I apontou 5.000 coliformes por 100 ml, enquanto o Parque das Águas Colinas registrou um nível chocante de 16.000 coliformes por 100 ml, ou seja, 16 vezes acima do limite legal.

Tedesque classificou a situação como um grave descaso com a saúde pública e levantou a possibilidade de crime ambiental, exigindo esclarecimentos imediatos tanto da Secretaria do Meio Ambiente quanto do prefeito, que promoveu o uso recreativo dessas áreas. O advogado afirmou que formalizará a denúncia nos próximos dias junto aos órgãos competentes e espera que medidas urgentes sejam adotadas para proteger a população.

A reportagem entrou em contato com a Secretária Municipal de Agricultura e Meio Ambiente (SEAMA), Ana Paula Marques Rodrigues, solicitando uma resposta sobre o caso e aguarda posicionamento.

Abaixo, resultado das análises: 

Fonte: Abordagem