Uma imensa cidade chamada Assis
Quando eu morava lá, nas ruas de terra da Pedro Rodrigues da Silva, nº que não me lembro, no bairro Inocoop, ainda não imaginava que eu conheceria de perto a minha imensa cidade de Assis. Eu era apenas um garoto, que brincava na enxurrada e corria atrás de bola, lutando contra as pedras das ruas e da vida. Não, não imaginava que Assis era tão grande assim.
Conhecia, no máximo, o caminho de casa até a escola. Era longe. Andávamos em muitos e íamos e voltávamos de baixo de uma lua do meio dia, com um sorriso no rosto e mochila pesada nas costas. Era, aquele, o melhor dos mundos. E passou… as ruas de terra foram todas asfaltadas e eu me mudei a outro canto dessa enorme cidade.
Hoje conheço de perto a realidade do ‘universo dos três s’. E é por isso que muitas vezes eu me entristeço em ver pessoas que se dizem, como eu, ‘assisense com orgulho’, difamarem a minha terra. Cidadãos que pensam apenas no ego, na sua casa, a seu redor, e esquecem da vizinhança. Homens que sabem reclamar e julgar, mas não movem uma palha de contribuição.
Procuro diariamente em livros, autores, artigos, pensadores, opositores, políticos, e não consigo encontrar respostas que me convencem a entender essa natureza do ser humano. A desgraça alheia é sempre bem-vinda. O bem comum não existe se um indivíduo não levar vantagem sobre os demais. Essas pessoas, que incitam atitudes irracionais e praticam a politicagem em seus termos mais obscuros, essas pessoas não são ‘assisenses com orgulho’. E quem é, sabe que aqui estamos nos trilhos do desenvolvimento, sim! Apesar de, como qualquer lugar deste país, com dificuldades financeiras, ainda assim, as páginas da história de Assis não pararam de ser escritas.
É um orgulho ver todas as crianças assisenses nas creches. Afinal, nos últimos três anos, foram quatro destas inauguradas, o que zerou a demanda de vagas. É também um orgulho ver os alunos do ensino fundamental tendo aulas em lousas digitais, com um ensino de qualidade, interativo, aprendendo mais. A valorização dos professores. A construção de novas escolas. O esporte levado em todas as unidades de ensino, as quadras cobertas.
Uma Faculdade Pública – FATEC, um curso de medicina implantado na Fundação Educacional de Assis e que transforma de vez a história de nossa cidade. É um orgulho ver a região onde foi instalado o Poupatempo estar tão desenvolvida, como nunca ninguém imaginou.
E falando em imaginação…
Quem poderia prever que em três anos a saúde da população seria tratada com tanta prioridade? As inaugurações da UPA, do AME, SAMU, P.S. Referenciado, Leitos de UTI da Santa Casa, novas Unidades de Saúde, e implantação de uma efetiva Rede de Urgência e Emergência, comprovam isso. Aliás, foi por conta de todas essas conquistas que os números da mortalidade infantil caíram drasticamente em nosso município.
Há quem conteste, “e a infraestrutura? Quem não vê os buracos nas ruas? ” Eu sei, são muitos. Problema esse que será resolvido. As chuvas fogem do controle de uma administração e os buracos não chegam nem perto das ruas de terra de quando eu era criança.
Mas a nossa infraestrutura não está esquecida. Aconteceram, depois de décadas, obras no Distrito Industrial, no Terminal Rodoviário. Foram construídos Centros de Convivência para idosos e um Centro de Artes e Esportes Unificados, no Colinas.
Ah, as lembranças… algumas vagas memórias que tenho ilustram a época em que a FICAR era uma grande referência em nossa região, e que elevava o nome da cidade ao cenário nacional. As recordações não são muitas, pois, a Feira ficou 12 anos sem acontecer. Em 2014 ela retornou e devolveu as minhas lembranças e a alegria de muita gente.
É por tudo isso que aquelas pessoas que se dizem ‘do povo’, deveriam falar de nossa Assis com positividade. Nós podemos levantar aqui uma bandeira de conquistas. Temos muitos motivos para comemorar!
Kallil Dib