V.O. desfila na Siqueira Campos neste sábado, às 20h30, com homenagem a Zé Corrêa

Reta final nos preparativos da Escola de Samba Unidos da Vila Operária, que desfilará neste sábado, dia 18 de fevereiro, a partir das 20h30, na avenida Siqueira Campos, no próprio bairro, com o tema “Valeu, Zé!”, em homenagem ao saudoso sambista e ex-presidente da agremiação José Carlos Corrêa.

Nesta sexta-feira, dia 17, na praça São José Operário, está programado o último ensaio da bateria comandada pelo mestre Silvinho Bermejo.

Foram quase dois meses de ensaios no barracão, em três noites por semana. Em razão da grande procura para participar, o planejamento inicial de formar uma bateria com 40 ritmistas rapidamente aumentou em 50% e terá 60 componentes. “Há famílias inteiras ensaiando e querendo desfilar”, contou Bermejo.

Um exemplo é a família Camargo, onde os avôs Edson Camargo (surdo) e Elisete Camargo (tamborim), tiveram as companhias dos filhos Maycon (surdo), Felipe (surdo) e Natali (tamborim) e até do netinho Luís Miguel de três anos (tamborim), nos ensaios.

A própria família Bermejo, que compõe a escola desde a fundação, em 1979,  aumenta a cada desfile. Neste ano, serão três gerações só na bateria, além da rainha da bateria, Anelisa Bermejo.

SAMBA – De autoria de Leonardo Ladislau e Gibão, o samba enredo ‘Valeu, Zé!’, composto em formato de acróstico -onde as primeiras letradas de cada frase formam um conjunto de palavras na vertical- para homenagear o ex-intérprete e cavaquinista Zé Corrêa caiu no gosto popular.

É comum, nas últimas semanas, ouvir moradores do bairro assoviando o samba durante os encontros na praça e nos boquetins.

“Foi uma proposta ousada construir um samba em formato de acróstico e ficamos muito felizes por ter caído no gosto da comunidade. A gente precisava produzir um samba do tamanho da arte que o Zé nos deixou”, comentou Léo Ladislau, que está residindo em São Paulo, mas que chegou em Assis nesta sexta-feira para participar do último ensaio e ser um dos intérpretes do samba no desfile.

BARRACÃO – Na rua Tibiriçá, no barracão da Unidos da Vila Operária, nos últimos 40 dias o artista plástico Audálio Duarte coordenou o trabalho de confecção das fantasias e a produção de adereços e alegorias.

Com fantasias praticamente prontas, ele tem se dedicado à decoração das alegorias, que representarão a chegada de Zé Corrêa ao céu, sendo abençoado por Nossa Senhora, além da antiga igreja e a praça do bairro, lugares onde o músico aprendeu os primeiros acordes de violão.

EMOÇÃO – A esposa de Zé Corrêa, Eliana Stein Corrêa, tem participado de todos os ensaios e faz questão de agradecer, pessoalmente, cada componente por sua contribuição ao desfile. “Gratidão!” é a única palavra que posso dizer a todos da nossa escola.

DESFILE – Sem apoio e sem contar com recursos públicos, a diretoria da Escola de Samba Unidos da Vila Operária produziu o desfile, que deverá contar com cerca de 200 componentes, graças aos recursos próprios, obtidos através de promoções ao longo do ano e doações de empresários parceiros da escola.

A diretoria da Unidos da Vila Operária decidiu repetir um desfile paroquial, feito no próprio bairro, mas espera receber milhares de pessoas da cidade e até de municípios da região.

O cortejo terá início às 20h30, na avenida Siqueira Campos, na esquina com a rua André Perine, e segue até a praça São José Operário, onde a bateria deve fazer uma pausa para uma homenagem surpresa ao público.

Logo depois, o desfile prossegue até o barracão, na rua Tibiriçá, onde haverá a dispersão.

“Fizemos tudo com muito carinho e emoção. Gostaríamos de convidar toda a população para assistir nosso desfile”, finalizou a presidente da agremiação verde e rosa, Mônica da Silva. Fonte: Jornal da Segunda