Vendedor chama atenção ao oferecer água com traje social e bandeja: ‘Garçom do semáforo’

Com camisa, gravata e calça social, João de Paula passa entre os carros com o balde e a bandeja vendendo as garrafinhas.

“Foi uma ideia do pessoal que me contratou, para gente se apresentar elegante para os clientes. Era uma exigência do serviço”, conta o paranaense que veio há dois meses tentar a vida no interior de São Paulo.

“Eu trabalhava como motorista, com carteira assinada, mas teve um corte na firma e eu vim para cá tentar algo melhor, já que minha namorada mora aqui”, conta.

João conta ainda que a venda de água e suco é um “bico” até conseguir um emprego na área que atuava no Paraná, onde trabalhou como motorista profissional e de betoneira em grandes empresas. Ele ganha R$ 1 por cada água que vende no valor de R$ 3.

“Eu ganho na faixa de R$ 25 a R$ 50 dependendo do dia, mas tem dia que dá menos que isso. Não é um trabalho fácil, muita gente desiste, mas foi o que eu consegui nesses dois meses. Entreguei muitos currículos, mas não tive retorno.”

Por outro lado, ele confessa que o traje social e forma como ele serve os produtos, no baldinho com gelo e bandeja, é um diferencial e ajuda nos lucros.

“Chama atenção, é o ‘Garçom do Semáforo’, o pessoal elogia, até quem não compra água, suco, e dão gorjetas também”, ressalta.

E enquanto não consegue um emprego fixo, João vai ganhando a vida como o “garçom” do semáforo no cruzamento da Rua Treze de Maio com a Avenida Rodrigues Alves, um dos mais movimentados do centro de Bauru.

“Estamos aqui oferecendo esse serviço, de um jeito especial para população, só não dá para desistir”, finaliza. Fonte G1