Vereador de Assis requer restauração da antiga Estação Ferroviária

 

O presidente da Câmara Municipal de Assis, vereador Valmir Dionizio (PSD), atendendo pedidos de moradores e ferroviários aposentados, bem como seus familiares, encaminhou na última sessão, no dia 15, um requerimento ao prefeito José Fernandes questionando a possibilidade de restaurar a pintura original no prédio da antiga Estação Ferroviária, na Avenida Rui Barbosa.

O vereador expõe no documento que em meados de 2014 a Estação Ferroviária de Assis, foi grafitada (pintada) pelo artista Anderson Lemes, que recebeu autorização da Fundação Assisense de Cultura, para iniciar uma revitalização. A imprensa a época (site G1) divulgou a fala do pintor: “Meu trabalho é voltado para lugares possivelmente abandonados e que perderam a atenção das pessoas”.

Ainda segundo a matéria do site G1: … O prédio da estação ferroviária consta no plano diretor da cidade como sendo de interesse histórico e cultural e, segundo uma lei municipal, não poderia passar por nenhuma reforma que tire suas caraterísticas arquitetônicas originais. Entretanto, o artista afirma que a pintura não descaracteriza o prédio. “A minha intenção é levar arte para prédios que foram deteriorados com o tempo e fazer com que as pessoas voltem a reparar nesses espaços”.

O requerimento narra ainda que, de acordo com a imprensa a época (2014): “Com relação às autorizações prévias, Alemão esclareceu: … Tivemos reuniões para discutir sobre o prédio, o presidente dos ferroviários também participou, entre outras pessoas da FAC e de outras áreas. Melhor seria se fosse restaurada, coisa que estão reivindicando e até hoje nada fizeram”.

Sargento Valmir lembra que a estação ferroviária de Assis foi aberta em 1914 e atendia, além da cidade, ao horto da Sorocabana que tinha o mesmo nome. Em 1926, ganhou um novo prédio, tendo sido a estação antiga adaptada como moradia do pessoal de tráfego, em 1927. Em 1932, no entanto, as reclamações contra a conservação do prédio já existiam: “A Sorocabana não tem dispensado a Assis a importância que deveria ter, pela sua posição. Tanto assim que a nossa estação ferroviária continua com as paredes carcomidas, necessitando de uma nova caiação, o matagal a lhe tomar os terrenos laterais e a sua plataforma ainda coberta de zinco” (Folha da Manhã, 17/1/1932). Acabou sendo reformada em 1938. Quase 60 anos depois, em janeiro de 1999, o último trem de passageiros passou por ali, desativado pela Ferroban, que havia então acabado de tomar o controle da linha da FEPASA, que há entregou alguns dias antes.