Vereadores votam a redução de seus salários na segunda

Gatos Pingados convoca a população para ir na sessão

Foi confirmado para a próxima segunda-feira, dia sete de março, a votação do projeto de iniciativa popular que pede a redução dos subsídios dos vereadores assisenses a partir da próxima legislatura (2017/2020).

O projeto é uma iniciativa do MGP (Movimento Gatos Pingados) que na cidade é coordenado pelo radialista e jornalista Joelson Prado de Moraes, o Nelinho que defende que os vereadores passem a receber mensalmente vencimentos de dois salários mínimos e o presidente do legislativo, de 2,5 mínimos.

Neste sentido, Nelinho Moraes convoca a população para acompanhar a sessão e apoiar a aprovação do projeto. A sessão tem inicio marcado para as 18 horas de segunda-feira, dia sete de março.

Segundo ele, o apoio popular é de fundamental importância, uma vez que os pareceres emitidos pelo legislativo são contrários ao projeto: “A Câmara alega que as assinaturas em apoio ao projeto deveriam ter sido recolhidas em folhas padronizadas fornecidas pelo próprio legislativo e eu não posso concordar com isso, visto que na semana passada eu assinei um documento contra a corrupção que será encaminhado para Brasilia e não observei na folha de coleta de assinaturas, nenhum emblema da Câmara dos Deputados ou Senado Federal”, alega Moraes.

Outra irregularidade que teria sido cometida quando da coleta de assinaturas foi o não recolhimento do numero do titulo de eleitor e nem do endereço das pessoas. Neste sentido, Nelinho Moraes observa que já a muito tempo não é sequer necessário o titulo de eleitor para votar e que a partir de 2018, bastará apenas as digitais, que já estão sendo colhidas por meio da biometria: “SE no dia da votação basta comparecer na sessão eleitoral com um documento com foto, porque então ter que fornecer o numero do titulo em uma coleta de assinaturas? Além do mais, se houver alguma duvida a respeito de qualquer pessoa cujo o nome constar entre os quase cinco mil eleitores que assinaram o documento, basta acessar o site do TSE e digitar o nome desta pessoa e observar se ela é eleitora e qual o seu domicilio”, destaca Moraes.

Ele explica ainda que este projeto de iniciativa popular, se aprovado, irá representar a partir de janeiro do ano que vem uma economia aos cofres públicos na faixa dos R$ 540 mil/anuais, sendo que este é um numero bastante significativo, uma vez que não só a cidade de Assis, mas o Brasil de um modo geral atravessa uma de suas piores crises da história: “Pra se ter uma ideia, com essa economia, poderia-se construir uma creche ou um posto de saúde por ano ou  simplesmente, este dinheiro poderia ser usado para tapar os buracos das ruas da cidade”, defende Moraes.

Além disso, ele entende que em meio a crise que a cidade atravessa, a coleta de assinaturas, talvez nem tivesse sido necessária: “Saímos nas ruas e colhemos as assinaturas necessárias, mas isso nem teria sido necessário, se algum vereador tivesse por conta própria apresentado tal proposta, uma vez que todos os 15 possuem suas profissões fora da Câmara, já que vereador não é profissão e este subsidio que eles recebem mensalmente é considerado apenas uma ajuda de custo pelo trabalho em prol ao município”, disse.

Finalizando ele pede a presença da população na sessão na Câmara Municipal desta segunda-feira, já que o projeto não é dele, mas sim, representa um clamor, um anseio popular atestado pelas mais de cinco mil assinaturas colhidas no final do ano passado na cidade.