Visitas de fim de semana são canceladas após rebelião em Bauru
As visitas de fim se semana no Centro de Progressão Penitenciária (CPP 3) “Prof. Noé Azevedo, em Bauru (SP), em Bauru (SP) foram canceladas pela Secretaria de Administração Penitenciaria (SAP), após a rebelião que aconteceu na terça-feira (24) e terminou com 152 fugitivos. Segundo a PM, 115 já foram recapturados, três deles nesta sexta-feira (27), na região de Franca e Itirapina.
Delegado tem 10 dias para concluir o caso(Foto: Reprodução/TV TEM)
Os presos atearam fogo em colchões e destruíram três pavilhões do presídio. A rebelião teria começado após uma apreensão de celular dentro da penitenciária, segundo a SAP. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar os detalhes da rebelião. Nesta sexta-feira (27) três agentes penitenciários, que tiveram ferimentos leves durante a confusão, foram ouvidos. Eles confirmaram que o motim começou após a apreensão do aparelho, segundo o delegado Carlos Cremonesi. Dez presos, apontados como responsáveis pelo motim, também já foram ouvidos.
Preso foi detido tentando fugir de penitenciária(Foto: Reprodução/TV TEM)
“Estamos no aguardo da concretização dos laudos periciais relativos ao local do crime ,ao aparelho celular e aos exames de corpo delitos dos agentes penitenciários feridos. Também um levantamento dos prejuízos causados no CPP 3”, explica o delegado.
Todo o prédio do CPP 3 foi vistoriado por técnicos da SAP para saber se a estrutura dos pavilhões atingidos pelo fogo foi comprometida. O laudo por enquanto não foi emitido. Ainda segundo o delegado o inquérito deve ficar pronto em 10 dias. “A investigações serão encaminhadas ao Ministério Público e provavelmente vai iniciar um processo criminal.”
Segundo o sindicato dos agentes penitenciários, o grupo de intervenção rápida continua no CPP 3 para garantir a segurança. No dia da rebelião o presídio tinha 1124 presos. 152 fugiram na hora da confusão. Depois que a situação foi controlada, 726 detentos foram transferidos para outros presídios.
Em nota a SAP informou que a equipe da engenharia já vistoriou todo prédio, entretanto, o parecer técnico através do laudo ainda não foi emitido. Os reeducandos estão mantidos em local amplo e compatível para abrigar todos os internos, cuja estrutura predial não foi atingida no incidente. A unidade, por ora, não possui condições de manter a visitação, de modo que o momento exige a suspensão temporária do benefício. A segurança do Centro é mantida pelos agentes de segurança penitenciária, com o apoio do Grupo de Intervenção Rápida.
A SAP também informou que não divulga detalhes das transferências de presos, mas que disponibilizou para as famílias um telefone para informações. Os telefones são (14) 3239-1133 ou 3239-1047. Fonte G1
Pavilhões do CPP 3 ficaram destruídos (Foto: Arquivo Pessoal)