Comissão acompanhará processo de instalação de Instituto Federal em Paraguaçu Paulista
A luta pela implantação do Instituto Federal de Educação (IFSP), uma reivindicação de mais de três anos da população de Paraguaçu Paulista, ganhou mais um capítulo com a criação de uma comissão para acompanhar o processo de discussão com os órgãos federais. O encaminhamento foi dado pela deputada federal Ana Perugini, que promoveu uma mesa-redonda, no último dia 5 de agosto, na cidade, para discutir o tema.
“Trabalho com a perspectiva de conscientizar todos os segmentos sociais para a importância da educação, como instrumento de transformação da comunidade, e sinto que Paraguaçu se organizou para receber a unidade educacional”, argumentou a deputada, ao estimular a mobilização das lideranças municipais.
A comissão é formada pela professora Flora Santos, da rede estadual; Fanley Bertoldi da Cunha, professor do Instituto Federal de Tupã, Henrique Santos Martins, Renato Aparecido Rodrigues, Celina Harume Nishizawa, Daniela Blon, Nelson Marcelino da Silva, Cibele Raio e Adriano Nogueira. O grupo tem a incumbência de acompanhar as tratativas da prefeitura com os órgãos representativos do governo federal.
Além dos vereadores Miguel Canizales, presidente da Câmara de Paraguaçu, e Kátia Euzébio de Oliveira, o debate, de iniciativa da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, da qual Ana faz parte, contou com as participações do arquiteto Jathir Ramos Vieira, diretor da Fundação Gammon de Ensino – que fez a doação da área para a implantação do IFSP; e do vice-prefeito Emerson Martins dos Santos. “Temos trabalhado no sentido de atender aos requisitos exigidos pela União, relativos à transferência e domínio da área”, esclareceu o vice-prefeito.
O debate, muito concorrido, com a participação de lideranças da comunidade, membros de entidades e associações, estudantes e professores, reuniu depoimentos em defesa da implantação do IFSP. Marcantes as declarações do jovem Nelsinho Nick, do professor Fanley Bertoldi da Cunha e da zootecnista Waldeliza Fernandes da Cunha, doutora pela Universidade Federal de Goiás.
Ao discorrer sobre os benefícios gerados com a criação do IFSP, Waldeliza assim se manifestou: “Minha intervenção tem a finalidade de compartilhar a experiência de mais de dez anos como professora da educação básica, profissionalizante e em cursos de graduação na Rede Federal Tecnológica, especialmente no Instituto Federal de Educação Profissional e Tecnológica Goiano. São numerosos os benefícios que uma escola técnica federal pode trazer para o município e para uma região inteira, haja vista a experiência e legados adquiridos por minha instituição, desde a transição de Escola Agrotécnica Federal para sua constituição em campus de um Instituto Federal”.
Em outro trecho da manifestação, Waldeliza ressaltou a valorização da comunidade “com a criação de mais empregos com a contratação de professores e técnicos administrativos para o quadro efetivo e também a contratação de pessoal terceirizado, gerando uma maior movimentação no comércio local/regional e no setor imobiliário, com a venda e/ou aluguel de imóveis para estudante, professores e colaboradores, o que também traz com facilidade maiores recursos federais dos diversos programas do governo federal, como Pronatec [Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego] e Mulheres Mil, entre outros, gerando renda e melhorando a qualidade de vida da comunidade”.
Fonte: Assessoria
