Jovem que mobilizou web por doador de medula recebe transplante

 

A fisioterapeuta  Juliana de Grava Chermont Tucunduva, de 32 anos, recebeu o transplante de medula óssea que tanto esperava. A moradora de Bauru (SP) conseguiu encontrar um doador 100% compatível, depois que a família criou uma página nas redes sociais para incentivar o cadastro de doadores. O procedimento foi realizado na quarta-feira (31) e a jovem está se recuperando da cirurgia, segundo familiares.

Em maio deste ano, Juliana foi diagnosticada com aplasia medular, uma doença rara que altera o funcionamento da medula óssea e provoca falhas na produção de plaquetas. Como o irmão e os pais dela não eram compatíveis, a esperança era encontrar um doador no banco de dados.

A família criou uma página nas redes sociais para incentivar o cadastro de doadores  e em uma semana, a campanha fez triplicar a média mensal de cadastro de doadores no Hemonúcleo de Bauru.

Juliana encontrou um doador compatível após a campanha, mas mesmo assim os médicos esperaram que ela terminasse um tratamento de imunossupressão, que poderia descartar a necessidade do transplante. Fonte G1

Juliana encontrou um doador compatível após a campanha, mas mesmo assim os médicos esperaram que ela terminasse um tratamento de imunossupressão, que poderia descartar a necessidade do transplante.

Notícia da localização de doador foi dada pela mãe de Juliana (Foto: Reprodução/Facebook)Notícia da localização de doador foi dada pela mãe de Juliana (Foto: Reprodução/Facebook)

Campanha
Para facilitar a busca por doadores compatíveis e incentivar o cadastro de doadores de medula óssea, familiares e amigos de Juliana criaram um grupo em uma rede social denominado “Doe amor, doe medula”. A página na rede social mobilizou internautas de todo o Brasil e hoje conta com quase 43 mil integrantes.

A ideia da página na rede social foi da prima de Juliana, Deborah Lucia Carvalho Montanhini. “A gente descobriu isso [a doença] e logo de início soubemos que não tinha compatibilidade em nenhum lugar, nem no Redome. Eu pensei em montar um grupo no Facebook para divulgar para os nossos amigos e pedir as doações. Afinal todo mundo sempre fala que vai fazer e deixa para depois, mas pra ela não tinha como esperar”, conta Deborah.

A campanha fez sucesso na internet e as pessoas que se cadastram no hemonucleo de qualquer lugar do país publicam uma foto na página contando que é doador. “A gente esta recebendo doações do Brasil inteiro. Vimos policiais militares de Porto Alegre indo doar, bombeiros de Rio de Janeiro, Bauru e Pederneiras. Nós conseguimos ver a força da rede social. Estamos aguardando a resposta desses doares. Está bem legal a movimentação, ela lotou todos os hemonúcleos da região de Bauru. São pessoas que a gente nunca viu, mas estão fazendo parte”, diz Déborah.

E além da busca por um doador compatível para Juliana, a ação também pode ajudar outras vidas, já que incentiva o cadastro de mais doadores. “A gente corre contra o tempo para salvar ela, mas na verdade não é só pela Juliana, é pela vida de um monte de gente que precisa”, ressalta a prima.

Juliana agradeceu toda a mobilização. “Eu sinceramente não imaginava que era tão querida e que ia ter uma proporção tão grande a minha história. Isso me deixa muito feliz e fortalecida, ainda mais em saber que vamos poder ajudar muita gente.”

 

Em Porto Alegre, movimento também mobilizou (Foto: Reprodução/Facebook)Movimento gerou cadastramento em Porto Alegre (Foto: Reprodução/Facebook)
Campanha procurar doador de medula para professor universitário em São João da Boa Vista (Foto: Eder Ribeiro/EPTV)Interessado em ser doador deve ter boascondições de saúde (Foto: Eder Ribeiro/EPTV)

Cadastramento
Para se cadastrar, o interessado deve ter entre 18 e 55 anos, mais de 50 quilos e boas condições de saúde. O doador também não pode ter contraído qualquer tipo de câncer, hepatite e não ser portador do vírus HIV. Gestantes e mulheres que amamentam podem se cadastrar.

Os dados das pessoas e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado chamado Redome que é gerenciado pelo Instituto Nacional do Câncer (INC). O sistema compara os dados dos pacientes que precisam de um transplante com as informações dos doadores cadastrados. Quando o candidato é compatível com o paciente, ele é chamado para novos exames. A probabilidade de encontrar uma pessoa compatível fora dos familiares mais próximo é de 1 a cada 100 mil.

Confira aqui mais informações sobre como é feito o cadastro e sobre o procedimento para a doação de medula.

Confira os endereços dos principais hemonúcleos e hemocentros na região:
Hemocentro Regional de Marília – Rua Lourival Freire, 240, no Jardim Fragata. Mais informações pelos telefones (14) 3402-1868 e 3402-1866.

Hemonúcleo de Bauru – Rua Monsenhor Claro, 888, no centro. O atendimento é de segunda à sexta-feira, das 7h às 11h30 e das 14h às 16h. Outros detalhes podem ser obtidos pelo telefone (14) 3104-3518.

Hospital Amaral Carvalho de Jaú – a Rua Dona Silvéria, 150 – Informações pelo telefone 14) 3602-1356.

Hemocentro de Botucatu – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp / Faculdade de Medicina de Botucatu – Divisão de Hemocentro), no Distrito de Rubião Júnior, s/n. Outros detalhes pelo telefone (14) 3811-6041.

Hemonúcleo de Ourinhos  – Rua Joaquim de Azevedo 770, Vila Moraes. O atendimento é de segunda a sexta das 7h às 18h30. Sábados das 7h às 12h30. Informações pelo telefone (14) 3302-2245.

Hemonúcleo de Assis – Praça: Dr Symphronio Alves dos Santos s/n – Centro. O atendimento é de segunda a sábado, das 7 às 12 horas. Informações pelo telefone: (18) 3302-6023

Santa Casa de Tupã – Rua Manoel Ferreira Damião, 426. O atendimento é de segunda a sexta-feira das 7h30 às 12h. Informações pelo telefone: (14) 3404-5555. Fonte G1